segunda-feira, 17 de junho de 2013

"CINEMA NÃO COMBINA COM PIPOCA"!


Um texto, muito bom, da jornalista Telma Alvarenga, no jornal Correio, de sábado passado, na sua coluna ROSA CHOQUE:

"Quem foi que inventou que cinema combina com pipoca, amendoim e afins? Se a delicia de sentar na sala escura é justamente ser transportado para a telona, entrar no filme, como se fizesse parte dele, sentir as emoções dos personagens, prender a respiração com o silêncio de uma cena de suspense e ....croc....croc....croc.... A vizinha mastiga, sem cerimônia e de boca aberta, um punhado de pipoca e tritura junto toda a magia daquele momento. Eu me ajeito na cadeira, olho para o lado, em direção ao saco de pipoca e respiro aliviado está quase no fim. Fugindo da policia, João do Santo Cristo (o óoootimo Fabricio Boliviera) entra pela janela no quarto de Maria Lúcia (Isis Valverde) Os dois não se conhecem. Tensão. Depois que ele tapa a boca da moça, para impedir que ela grite, os dois ficam em silêncio, se olhando, assustados....Passam alguns segundos assim, olho no olho, sem dizer nada. Ele tira o revólver da cintura para depositar na penteadeira e....crac...,crac...., crac..... É a vizinha amassando o saco de papel. Ufa. Ao menos acabou de comer. "Agora , vou poder me transportar para o filme, sem interferências do mundo externo", pensei. Ledo engano. A moça de boca nervosa comeu durante toda a sessão de Faroeste Caboclo, fazendo barulhinhos variados que tiravam a minha concentração a toda hora.
Por que ela não alguou um DVD, meu Deus? Por que não ficou em casa, refestelada no sofá e perto da geladeira para mastigar à vontade. Na sala escura, até uma maçã, dentro de um saco plástico, sacou da bolsa , para hooc..., nhoc....nhoc) comer, durante o filme. E isso não é ficção. A cidadã ainda comentava as cenas com a amiga do lado. Aff. Claro que já aconteceu de eu chegar com fome, não dar tempo nem de tomar um café e comprar um saco de amendoim. Mas, juro que tento comer antes de o filme começar, ainda nos trailers. E tomando cuidado para fazer o mínimo possível de barulho. Amassar o saquinho vazio? Nem pensar. O barulhinho que esse gesto produz, dentro de uma sala de cinema, numa cena silenciosa, pode ser bastante desagradável para os vizinhos", e, ai ela continua com a sua justa reclamação!

Eu estou com Ela e não abro! Eu tenho horror! Nunca levei nada de merenda para comer no cinema, teatro, etc.! Isto é o nosso maior defeito ao copiarmos coisas erradas de outras culturas! Quem inventou isto foi a indústria cinematográfica dos EUA, principalmente, para segurar o expectador em filmes ruins, pois, o cara fica comendo sem parar e esquece se o filme é bom ou ruim! Quando ele é bom, ah, comem vários sacos! Mas, Telma esqueceu de relatar o CHEIRO, INSUPORTÁVEL, DA MANTEIGA DE GARRAFA JOGADA SOBRE A PIPOCA!
 
Mas, eu não me esqueço de um dia: fui com a esposa para um cinema, em um shopping de Salvador, onde entramos com o filme já começado, e, ai sentamos! Quando terminou o filme, levantei-me e senti-me preso no assento da poltrona! Ao passar a mão por baixo da minha b...., ah, que raiva, quase MEIO KG DE CHICLETES! E de tanto eu me balançar, mais de 1,5 hora do filme, a zorra grudou que foi uma dificuldade para soltar-me! Eu ficava mais irritado ainda com a rizadaria da minha mulher! O jeito foi pegar papel higiênico, aos montes, molhado e passar em minha calça, e dai, onde pretendia ir para um restaurante, simplesmente, fui para casa , revoltadíssimo com o elemento que fez aquilo! Hoje, onde já se passaram uns cinco anos dessa cena, jamais deixo de olhar para a poltrona antes de sentar! Mas, falando em chicletes, seguindo o teor desse texto, acima, para que coisa mais horrível do que o seu vizinho mascando, naquele silêncio, do primeiro minuto até o fim?

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