sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

'SENHOR DO BONFIM , PADROEIRO DO POVO BAIANO'!

Um livro muito educativo, publicado pela Assembléia Legislativa da Bahia, pela escritora Mariely Cabral de Santana, com o titulo ALMA E FESTA DE UMA CIDADE: DEVOÇÃO E CONSTRUÇÃO NA COLINA DO BONFIM'. Passo-lhes, sucintamente, alguns trechos sobre o capítulo, acima, do titulo deste texto: A PARTIR dos anos vinte do século XX, o cenário político brasileiro sofreu uma mudança significativa, através de uma nova aproximação entre os poderes eclesiástico e civil. Este momento teve inicio com a celebração do centenário da Independência e a necessidade de afirmar e fortalecer a presença da igreja na sociedade brasileira. 'Considerando~se a guia exclusiva da vida social, a instituição católica empreendeu, nos anos 20, um combate acirrado contra os outros credos religiosos, com destaque para o protestantismo, o espiritualismo e os cultos afro-brasileiros'. Nesse momento, a Igreja contava com o apoio dos coronéis baianos e, consequentemente, dos representantes do Estado. O seabrismo dominava o Estado. Tecnologia, velocidade, comunicação, cultura e estética eram as prioridades. 'Mostrar, tornar visivel fatos e feitos era necessário, numa politica de novas lideranças, motivada pela República' (Martinez, 2000, p. 127). O ano de 1923 foi marcado pelas comemorações do Centenário da Independência. Dr. Seabra e a Comissão Organizadora dos Festejos entenderam que a imagem do Bonfim, conduzida em processão da Igreja de Itapagipe até a Matriz da Vitória, deveria fazer parte dos festejos. Neste sentido, a Comissão solicitou da Mesa da Devoção a participação da imagem do Senhor do Bonfim em uma procissão que deveria acontecer durante as comemorações que seriam realizadas no periodo de 1 a 8 de julho de 1923. Cumprindo seus estatutos e entendendo que a imagem só poderia sair da sua igreja em caso de calamidade publica, a Mesa negou-se a atender ao solicitado. O governador, então, dirigi um pedido diretamente ao Bispo, que autorizou a saída da imagem. Após ser oficlalizada pela Diocese, foi deliberado que a imagem sairia da Igreja de Itapagipe(bairro da baia itapagipana) no dia 3 de julho de 1923, retornando no dia 7 de julho do mesmo ano. A imagem saiu da igreja carregada por Dr. J.J. Seabra, demais politicos( Essa é minha: viram porque essa praga continua usando esses festejos para aparecerem? Mas, ano a ano , o povo já descobriu a farsa, onde os estar rejeitando!) e mesários e foi colocada em Charolla oferecida pela devoção do Senhor dos Navbegantes. No percurso do dia 3, a procissão ocorreu um trecho or mar. Saiu do Porto do Bonfim às k horas da manhã e dirigiu-se até o comércio, na Alfândega. Na segunda parte do codrtejo, a imagem seguiu a pé pela cidade baixa, subiu a ladeira da Montanha, percorreu a nova Av. Sete de Setembro e foi recebida na Matriz da Vitória pelo bispo de Salvador. Nos pés da imagem, foi colocado um cofre, onde arrecadaram uma grande soma de dinheiro, onde ficou tão cheio que não mais aceitava dizimo'.(essa é minha: não perderam tempo para faturar!). Na volta da imagem, o povo pediu que a imagem voltasse para a Igreja do Bonfim nos braços dele, com muita euforia e devolção, passando pelo bairro da Liberdade até chegar a esse TEMPLO. Também, no ano de 1923 foi muito importante para essa consagração com o reconhecimento, formal, pelo Vaticano, de 'COLINA SAGRADA' e o reconhecimento do HINO AO SENHOR DO BONFIM, já cantado pelo povo há anos, de autoria de um devoto e poeta ARTHUR SALLES. Virou uma festa fantástica de todo o povo baiano, claro, a elite da Bahia, onde negros eram proibidos de participarem, principalmente, porque viviam presos como escravos, bem como brancos de familias pobres, onde não encontravam espaços na presença de toda a elite desta terra! Que maravilha, agora sou Eu, desde meados de 50, a festa virou de todo o povo da Bahia, democrática, onde vemos uma integração fantástica entre as pessoas, independentemente da classe social, mostrando que devemos ter esperança para , um dia, acabar com preconceitos, terriveis, em nossa sociedade! É bom ressaltar que essa festa estar sendo transformada em um evento nacional, e, até internacional, com a presença de outros povos fora da Bahia! Breve, escreverei, trecho de um artigo desse grande livro, com o titulo 'OS NEGROS NA FESTA DO SÉCULO XX'.

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