quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

'A HIPÓTESE DAS AVÓS', PELO DR. DRAUZIU VARELLA, , ATRAVÉS DA REVISTA CARTA CAPITAL, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2015!

Minha mãe nos dizia: 'QUEM NÃO QUER FICAR VELHO, DESEJA MORRER NOVO', pura verdade, e nos alertava da necessidade, diária, de vivermos com muito prazer, porém, vivendo de acordo com a faixa de idade! Quem não se lembra do personagem de CHICO ANÍSIO , o 'POPÓ', que era um senhor de idade, lá para os 70 anos, mas que se comportava, se vestia como um 'garotão', ai é muito ridiculo! (por sinal, comum nas páginas da internet! Todo mundo 'novo', mostrando 'seus corpos malhados', 'felizes', que bom a infelicidade, normal na vida, não existe nesses usuários!). Mas, vamos, sucintamente, ao texto desse grande médico brasileiro: 'A MORTE QUASE SEMPRE COINCIDE COM O FIM DO PERIODO DE FERTILIDADE. MAS NÃO NOS SERES HUMANOS'. Se a vida na terra tem algum sentido é o crescei e multiplicai-vos. A maioria dos vertebrados morre quando o vigor reprodutivo chega ao fim. Seres humanos são uma das raras exceções. Sob a perspectiva evolucionista, qual seria a explicação para que as avós, mulheres já estéreis que pouco contribuem para a produção de alimentos, permaneçam vivas e com a cognição preservada'. Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) propõe uma explicação genética para esse fenômeno. Em 1998, um trabalho de campo havia mostrado que no grupo Hazda, de caçadores-coletores da Tanzânia, sobreviviam mais crianças nas familias com avós que ajudavam a alimenta-los e lhes transmitiam tradições culturais ensinamentos ecológicos. Graças a essa atuação, seus genes levariam vantagem na passagem para as novas gerações, teoria que ficou conhecida como 'a hipótese das avós'. A deterioração da capacidade cognitiva associada ao envelhecimento, entretanto, compromete essas vantagens e torna-se onerosa aos membros do grupo. ..... Pesquisando em bancos de dados do Projeto Genoma, os autores encontraram a variante protetora em etnias africanas, americanas, europeias e asiáticas. De qualquer forma, é muito interessante descobrir que nossa espécie selecionou uma variante para nos proteger de uma doença que somente se instalará na oitava ou na nona década de vida, fase distante da seleção reprodutiva. Esse mecanismo seletivo operaria no sentido de maximizar as contribuições de individuos em idade pós-reprodutiva, para a sobrevivência dos mais novos. Os autores concluem que 'as avós são tão importantes, que nós evoluímos genes para protegr suas mentes'.

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