segunda-feira, 5 de setembro de 2016

'CONTRUÇÃO', DE CHICO BUARQUE DE HOLANDA, A MÚSICA QUE MAIS DEIXOU OS MILITARES IRRITADOS, GERANDO A SUA EXPULSÃO DO BRASIL!

Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes solidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse música E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido Agonizou no meio do passeio público Morreu na contramão atrapalhando o tráfego. Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua mulher como se fosse a única E cada filho como se fosse o pródigo E atravessou a rua com seu passo bêbado Subiu a construção como se fosse sólido Ergueu no patamar quatro paredes mágicas Tijolo com tijolo num desenho lógico Seus olhos embotados de cimento e tráfego sentou pra descansar como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo Bebeu e soluçou como se fosse máquina Dançou e gargalhou como se fosse o próximo E tropeçou no céu como se ouvisse música e flutuou no ar como se fosse sábado E se acabou no chão feito um pacote tímido Agonizou no meio do passeio náufrago Morreu na contramão atrapalhando o público. Amou daquela vez como se fosse máquina Beijou sua mulher como se fosse lógico Ergueu no patamar quatro paredes flácidas sentou pra descansar como se fosse um pássaro E flutuou no ar como se fosse um príncipe E se acabou no chão feito um pacote bêbado Morreu na contramão atrapalhado o sábado por esse PÃO PRA COMER, POR ESSSE CHÃO PRA DORMIR A certidão pra nascer e a concessão para sorrir Por que deixar respirar, por me deixar existir. Deus lhe pague Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Pela fuma e desgraça , que a gente tem que tossir Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair. Deus lhe pague pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir. DEUS LHE PAGUE. Essa é minha: CHICO BUARQUE, COM ESSAS MÚSICAS, DEIXOU REGISTRADA O PERIODO DE FOGO QUE VIVEU O BRASIL NESSA DITADURA MILITAR. ESSAS MÚSICAS ERAM AS NOSSAS BANDEIRAS DE LUTAS, MESMO OS QUE NÃO FORAM PARA A CLANDESTINIDADE, COMO FOI A HEROINA DILMA, HOJE, NOVAMENTE, APUNHALADA! Ele retratava as dificuldades vividas pela nossa gente! Na minha época, onde estudava administração publica na Escola de Administração Pública da UFBA., vivíamos tempos negros, onde não podíamos protestar nem pela falta de papel higiênico, lâmpadas queimadas, 'professores', quase todos militares, ou, 'amantes da ditadura', verdadeiros dedos-duros, ou, como hoje, DELATORES! Duvido de quem viveu esses negros tempos se , mesmo voltando contra Dilma, pedindo a sua saída, aceite, de bom coração, a presença desses quadrilheiros no poder, além de fichas sujas, todos herdeiros ou participaram da ditadura militar, como esse Agripino Maia, seu pai e avô, como, também, o Cássio Cunha Lima, o Bolsonaro, que, na época era um 'limpa botas' dos militares, ou um Caiado, que era um dos fundadores da Arena, onde criou até organizações armadas para combater os pobres que desejavam um m2 de terra para plantar, e ele, pertencente a uma dinastia no Estado de Goias, de bisavô, para avô, e pai, grilaram quase todo o seu patrimônio rural! A sua família lutou, até com armas, depois na justiça, para que as terras que seriam a nova Brasilia não fosse concedida, hoje, pasmem, fala como honrado parlamentar, desejando até ser presidente do Brasil!

Nenhum comentário:

Postar um comentário