terça-feira, 28 de junho de 2011

"O CUSTO DA DESONESTIDADE", pelo jornalista FERNANDO RAMAZZINI, do Jornal O GLOBO

"O senso comum aponta que piratas, desde os primórdios da História, são ladrões. Exclua-se o romantismo associado às figuras de alguns bucaneiros e o que fica são indivíduos que saqueavam, pilhavam, roubavam a propriedade alheia. Preferiam embarcações pequenas, as mais rápidas, para assim enriquecer de maneira ilícita.
A prática da desonestidade atravessou os tempos e permeia os dias de hoje, não mais ligado aos homens do mar. Está associada a políticos corruptos, pessoas inescrupulosas dos mais variados setores, contrabandistas, camelôs e seus produtos falsificados.
Mas é preciso entender que também é desonesto quem compatua com um sistema fraudulento. É desonesto também aquele que compra uma mercadoria sabidamente piraeada (quantos cd's eu já comprei, mas, desculpe-me grande jornalista, é desonesto, também, uma gravadora ganhar 300% sobre o custo de um cd, além dos famosos "jabás", onde comem: o dono da mídia; o programador do programa; o apresentador; o empresário do cantor; etc., etc. fazendo com que os brasileiros procurassem a opção dos "genéricos" - como chamam os baianos para mercadorias falsificadas - ou seja, comparando-se um CD PRODUZIDO POR UMA GRAVADORA NORTE-AMERICANA, que custa em tôrno de 10 dólares, com um produzido aqui, que custava R$50,00 - para cantores famosos - a diferença é de agiotagem, e, graças aos genéricos, essa malandragem diminuiu, assustadoramente, onde podemos comprar um na faixa de R$20,00 a R$30,00). Continuando o texto desse conceituado Jornalista: "O consumidor que adquire produtos falsos deve ter consciência de que ajuda a financiar o crime organizado, contribui para que empregos deixem de ser gerados e auxilia na diminuição dos investimentos do poder público por causa dos impostos que não são arrecadados (certo, grande Jornalista, mas você deveria também citar nesse maravilhoso texto, que mais de 40% dos impostos devidos, descontados de nós, consumidores, são SONEGADOS (ROUBADOS), SERVINDO DE CAIXA DOIS PARA DIVERSOS TIPOS DE MARACUTAIA).
"Desonestidade é o abandono de uma vantagem permanente por uma vantagem temporária, como resume de forma brilhante o advogado e autor americano o século XVII Christian Nevel Bovee. Além de frustrar o consumidor nos quesitos qualidade, durabilidade e eficiência, a pirataria de certos produtos, como remédios, óculos de sol, cigarros e bebidas, pode representar sérios danos à saúde do consumidor.
Claramente, um falsificador não está interessado em produzir uma mercadoria com a mesma qualidade do original. Seja utilizando componentes que não passam por qualquer vigilância sanitária, valendo-se de processos de fabricação insatisfatórios ou aplicando armazenamento inadequado, o resultado traz sempre um malefício associado.
Barato que sai caro, contrabando, produto pirateado: o mercado engro ainda movimenta somas consideráveis que passam ao largo da sociedade. Estimativas apontam que o Brasil perdeu U$20 bilhões com pirataria no ano passado, em impostos não arrecadados e prejuízos para as empresas. O problema é de todos nós que aceitamos ser ludibriados por itens de qualidade duvidosa e que nos fazem cúmplices da desonestidade (por exemplo, caro Jornalista, pensármos que o candidato a determinado cargo eletivo ou do executivo seja honesto, e quando chegam lá nos mandam uma grande banana, como fazem quase todos no Congresso e demais órgãos dos poderes executivo e judiciário, também, "mercadorias" falsificadas!).
E, para nós brasileiros, que tendemos a achar que o problema sempre é dos outros, que sempre são os demais que lesam, que só os políticos transgridem (na época do escândalo do MENSALÃO, O ibop consultou 85% dos brasileiros que disseram que fariam a mesma coisa dessa raça!), é preciso saber que são desonestos aqueles que compactuam com a desonestidade (por exemplo, caro Jornalista, empresas jornalísticas que se vendem, com carradas de propagandas governamentais ou jornalistas que se empregam em empresas governamentais para dar-lhes proteção, como vemos em todo o setor público do Brasil). Na hora de comprar aquele DVD DO FILMA DA MODA POR r$5,00 OU UM MAÇO DE CIGARROS POR r$1,00, NÃO PENSE APENAS NA SUPOSTA ECONOMIA QUE VOCÊ FAZ. lEMBRE-SE TAMBÉM DOS EMPREGOS QUE VOCÊ ESTÁ DEIXANDO DE GERAR, DA VIOLÊNCIA COM A QUAL VOC~E CONTRIBUI, das melhorias públicas que você deixa de financiar. SIM, O PROBLEMA E A RESPONSABILIDADE TAMBÉM SÃO NOSSOS!" (é verdade, caro Jornalista, mas você esqueceu de escrever que em um maço de cigarro, que tanto o governo combate, ele taxa 80% de impostos, ganhando uma fortuna, apesar de conceituados especialistas dizerem que esse "pretenso lucro" retorna em prejuizos financeiros e sociais, incalculáveis para o Governo e a Sociedade! E por causa dessa ganância tributária sobre o maço de cigarro gera uma corrida de preços dos seus fabricantes que querem ganhar mais, e ai, o viciado, que precisa atender ao seu desejo, não tendo dinheiro para gastar R$6,00 a R$10,00 em um maço "original", procura um "MATA-RATO" (é assim que baiano chama cigarro do paraguai) e fuma, gerando prejuizos médicos, financeiros e um custo para a Nação! )"
Esse artigo foi muito bem escrito, mas esse nobre jornalista "esqueceu" alguns pontos, onde fiz questão de ressaltá-los.

Um comentário:

  1. Quisera eu ter tempo suficiente para catalogar tantas histórias,deste maravilhoso e gigante país.Todavia surgiu este BLOG que nos traz à nossa memória coisas não sabidas, e àquelas já conhecidas e esquecidas, nos mostra como nada muda neste país.Nem tudo foi ruim,pois serviram de alicerces para que os jovens de hoje,possam mudar,aproveitar ou banir as coisas e pessoas nefastas do nosso rincão.

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