Os jornais e as televisões mostraram como ficaram esses ambientes após esses festejos! Que vergonha para todos nós, pois, esse problema é de todo o Brasil! Quando Salvador foi a primeira capital do Brasil, e, a mais importante da América do Sul , era considerada a segunda cidade mais suja do mundo, sòmente perdendo para Paris, na França! Por causa dessa sujeira surgiu uma epidemia de gripe que vitimou quase 50% dos residentes em Salvador; os entêrros eram feitos em valas; os bondes foram escalados para transportar corpos, uns sobre os outros! Quem tinha recursos financeiros possuia os seus escravos para levar, dia sim , dia não, fezes e urinas, em barris (ficavam nos fundos das casas, onde, todo dia, jogavam um recipiente, aqui chamado de pinico, nesses depósitos), um local "distante" do centro de salvador, hoje, em homenagem a essa imundice, esse local foi batizado de Bairro dos Barris, hoje, um excelente local para se morar! Quem não tinha condições financeiras, pegavam os seus pinicos e, na porta das suas casas, jogavam nos córregos, etc.! Era uma cidade linda mas fedorenta por anos!
Como é que uma família vai para a praia, levando barracas para se acomodarem,vários dias, e não se preocupam em criar um reservatório para jogar o seu lixo? Será que não dói nas suas consciências quando estão desmontando essas barracas, e, ao verem os seus lixos, não se preocuparem em pegá-los? Realmente, o problema é de EDUCAÇÃO E CULTURA! Eu acho que também fazem isto nas suas casas!
Segundo o Prefeito do Rio de Janeiro o orçamento para a limpeza da cidade do Rio de Janeiro somente perde para a Educação e Saúde! E vejam: os três em estados de coma!
Conversando com um motorista de caminhão de coleta de lixo, aqui, em Salvador, disse-me que existem horários de colocação e coleta do lixo, mas, quase ninguem respeita essa norma; disse-me que, ao passar por uma rua fazendo esse serviço, minutos após, olhando pelo retrovisor, a impressão que dá é que não houve coleta! É uma vergonha sem limite!
Os rios que passam dentro das cidades, como São Paulo; Belo Horizonte; Salvador; etc. sofrem, tremendamente, com a falta de consciência dos seus habitantes: colchões velhos; pneus velhos; armários velhos; carros velhos; etc., etc. entupindo tudo! Não há sistema de saneamento que resista a tanta agressão ao meio ambiente! Conversei com o gestor do "BAHIA AZUL", PROGRAMA DE SANEAMENTO BÁSICO DE SALVADOR, onde o mesmo informou-me que, diariamente, são coletadas mais de CEM CAÇAMBAS DE LIXO, de todo tipo, como: móveis quebrados; restos de veículos; colchões; poltronas; etc., onde são coletados por gaiolas gigantes evitando que essa sujeira vá para o mar!
Segundo um conhecido o problema é histórico: O BRASIL, EM TODA A SUA HISTÓRIA, A MAIOR PARTE DELA FOI RURAL; DAI SURGIRAM OS NOSSOS HABITANTES, E, COMO AINDA PENSAM QUE ESTÃO NO MATO, PEGAM TUDO E "JOGAM NO MATO"!
Fui, para nunca mais ser, nem nesta vida e nem nas futuras, síndico de um edificil! O maior problema era a limpeza, onde jogavam de tudo, até moldess (e sujos!) pelas janelas; frutas podres; pontas de cigarros acesas, gerando pequenos incêndios; tive que montar uma estrutura para coletá-lo, diariamente, duas vezes por dia, com dois funcionários; uma escalada com 7 degraus; e, um carro-de-mão! Vários avisos eram feitos e nada. A pior área identificada de produção dessa porcaria era uma laje que ficava abaixo das janelas das "suites dos casais"! E esse prédio moravam pessoas na faixa da classe A e B!
Trabalhei como assessor da Prefeitura de Salvador, e, por sugestão de um arquiteto, colocamos tubulações, de um metro de diâmetro, do alto das favelas (comunidades) até um containeres, onde o cidadão jogava o lixo nessa tubulação e esse caia diretamente nesse compartimento; todos os dias os carros coletores pegavam esses recipientes os transportando para o atêrro sanitário. Mas, esse projeto foi inviabilizado pela população que insistia em jogar esse lixo de outra maneira: ao invés de colocarem na tubulação, o atirava do alto para baixo: resultado: o containere ficava quase vazio, e, ao redor dessa caixa, todo o lixão!
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