domingo, 1 de janeiro de 2012

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA MENTAL, EM TODO O BRASIL, NÃO SÃO HOSPITALIZADOS, E, SIM DEPOSITADOS EM DEPÓSITOS QUE SE DIZEM HOSPITAIS!

Aqui na Bahia; Rio de Janeiro; São Paulo; Minas Gerais; ou melhor, em todo o Brasil a situação chega a um caos dignos de campos de concentração nazista!
Na década de 90 até meados desta, haviam mais de cinco hospitais psiquiátricos, sendo o maior d'eles, o do Estado da Bahia  Juliano Moreira, e, o segundo, para pacientes com problemas judiciais, o Manicômio Judicial.
Mas, os "estudiosos" da psiquiatria , como psicólogos e psiquiatras, e, seus conselhos de classe, defendem o fim desses "hospitais", achando que esses pacientes devem ficar com os seus familiares, ou seja, dentro da própria residência dos seus país e demais familiares! Tudo isto é porque êles não possuem parentes com esses tipos de problemas mentais, principalmente, pessoas viciadas em drogas. Assisti , pela Bandnewstv, uma reportagem sobre a "cracolândia" paulista! Um verdadeiro inferno. Ali vi uma só classe social: miseráveis; desempregados; classes média e rica, todos transformados CLASSE SOCIAL DOS DESASSISTIDOS PELOS GOVÊRNOS E PELA SOCIEDADE! Se o inferno existe, uma cracolândia dessa deve ser a salar de estar!
Tenho uma filha, psicóloga, formada pela Unifacs, Salvador, e, agora, terminando um curso de especialização na PUC-SP, voltado para a Família ,ênfase na Criança Agredida, onde, segundo ela, os professores defendem a criação de centros especializados, tipo uma espécie de Fazenda Modêlo, com pequenas dependências para abrigarem cada um desses pacientes, se possível, com os seus familiares, caso eles aceitem, e, não ficarem DEPOSITADOS NESSES DEPÓSITOS DE LOUCOS, onde faltam de tudo, até medicamentos! É muito fácil receber um paciente, com seríssimos problemas mentais,e, sem nenhuma compaixão ou diálogo, como fazem os psiquiátras, aplicam fortissimas doses de "tranquilizantes", onde essa pobre vítima fica dias e mais dias como se fôsse um robô!
Mas, por que tratei deste tema, apesar, graças à Deus, não ter problemas dessa ordem em minha família e demais parentes, mesmo tendo uma filha profissional nessa área? Porque li, no Jornal Correio, de Salvador, uma excelente reportagem sobre um Sergipano, que tinha problemas psiquiátricos, gravissimos, e, através de um tratamento terapêutico, saudável, êle teve menos sofrimento. Vejamos, a seguir, o texto, excelente, do jornalista Salvator Carrozzo, publicado no jornal Correio, de Salvador, de 21 de dezembro 2011, onde analisa o livro Arthur Bispo do Rosário: O Senhor do Labirinto, da escritora Luciana Hidalgo, Editora Rocco, com o preço de R$50,00 e com 192 páginas:

"Foi na noite de 22 de dezembro de um distante 1938 que o Sergipano Arthur Bispo do Rosário, então com 29 anos de idade, foi tachado de negro, sem documentos e indigente. Diagnosticado como esquizofrênico, foi internado, no Rio de Janeiro, onde ficou por mais de CINQUENTA ANOS, ATÉ SUA MORTE, em 1989. O transtorno psíquico é caracterizado por alterações no pensamento e na percepção da realidade..
Terminava ali o contato do ex-marinheiro com a realidade. Começava um mergulho interior que resultou em uma produção incansável de objetos. A vida e a obra desse descendente de escravos são tratados em Arthur Bispo do Rosário: O Senhor do Labirinto, da jornalista Luciana Hidalgo, 46 anos. A obra ganhou o Prêmio Jabuti na categoria reportagem em 1997 e volta agora em edição revista.

BIENAL: Segundo a pesquisa da autora,Bispo não se enxergava como artista, no sentido atribuido pelo mercado de arte. Ele acreditava que estava na Terra em uma missão: fazer representações das coisas que via para apresentar a DEUS NO FIM DOS TEMPOS. Esta é minha: REALMENTE ESTAMOS NA TERRA PARA CUMPRIR MISSÕES DIVINAS!
A visão mística de sua produção não impediu que os outros enxergassem arte nela. O primeiro foi o crítico de arte Frederico Morais, ex-diretor do Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Em 1995, seis anos após sua morte, suas obras foram expostas no pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza, na Itália, uma das principais do mundo. Em 2012, ele será homenageado pela 30a. Bienal de Artes de São Paulo. Também no próximo ano, deve estrear o longa de ficção O SENHOR DO LABIRINTO, sobre a vida de Bispo. Dirigido por Geraldo Motta e Gisela de Mello, o filme - prêmio do júri popular no Festival do Rio em 2010 - tem roteiro assinado por Luciana.

ELETROCHOQUE: A inspiração de Bispo vinha, segundo ele mesmo, de anjos que sopravam as ideias em sua mente. No início, na falta de materiais, desfiou o próprio uniforme azul, do Juliano Moreira, de modo a aproveitar a linha para seus bordados e mantos. "Ao desfazer o uniforme, ele ousava desconstruir um dos grandes símbolos do poder psiquiátrico e reutilizava a matéria-prima para construir seu universo paralelo, a sua utopia", diz a jornalista.

Na opinião da Autora,' a obra de Bispo, além de contagiada pelo entorno manicomial, foi também um meio de sobrevivência à instituição, que mantinha práticas como uso de eletrochoques sem acompanhamento médico. Bispo soube construir um universo lúdico em uma cela minúscula', ressalta. Fez disso sua missão"

Toda essa maravilhosa história, edificante em todos os aspéctos, fêz lembrar-me de uma outra história, também fantástica, de uma médica, baiana, a primeira a se interessar pelos problemas da mente (ainda não existia as profissões de psicólogo e de psiquiátra, desculpem-me não lembrar o seu nome, sei que foi a primeira mulher a entrar na Primeira Escola de Medicina do Brasil, a da Bahia, localizada no Terrreiro de Jesus , ao lado do bairro Pelourinho), sofrendo constrangimentos diversos por ser a única mulher naquela Escola Médica, que, indignada com os tratamentos desumanos contra pacientes portadores de deficiência mental, resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro, e , foi trabalhar no "Hospício Juliano Moreira"; lá o quadro perverso era o mesmo, com tratamentos de choque e outras desumanidades praticadas contra essas pobres e indefesas pessoas. De forma genial, como todos os gênios, tudo com o DOM DIVINO, criou um método, na época quase foi expulsa do meio médico, onde esses pacientes eram tratados à base de terapias, como: ficarem, horas e horas, pintando quadros, como se fôssem crianças (ela achava que todos esses portadores deficientes eram, na verdade, a volta das suas infâncias), e, para surprêsa de muitos, foram produzidas verdadeiras obras primas da pintura em tela, gerando reportagens em grandes jornais do Brasil e da Europa, inclusive, saiu do Brasil mais de duzentos quadros de arte para serem expostos em toda a Europa, cuja renda era revertida para as famílias de todos os pacientes desse "hospício", sendo a maior parte para os familiares dos Autores. Com o tempo, muitos d'eles tiveram uma melhoria espetacular, inclusive, sendo resgatados pelos seus familiares até a sua morte; outros, ficaram no Juliano Moreira, até a morte, mas livres de choques, etc..! Outros que não desejavam pintar quadros (não era obrigatório), faziam trabalhos artesanais, como foi o exemplo  do Bispo, dessa reportagem. Eu gostaria de saber se essa personagem fazia parte dos alunos dessa médica baiana!
Mas, como sempre gosto de fazer uma bricadeira no final do texto, mais duas: Um diretor, recém nomeado para um Hospital Psiquiátrico, achou que muitos dos pacientes estavam em condições de voltarem para a vida real, achando que os mesmos estavam recuperados; criou uma comissão de psiquiátras e assessores para selecionar quais deveriam deixar esse hospital; vários foram entrevistados, e, sòmente um passou no teste: depois de muito ser entrevistado, esse paciente declarara que gostaria de sai para trabalhar e ganhar muito dinheiro; e, os membros da comissão ficaram empolgadissimos com a resposta, e, o perguntaram: para que ganhar tanto dinheiro? E êle os respondeu: PARA COMPRAR UMA BUNDA NOVA PORQUE A MINHA ESTÁ RACHADA NO MEIO!
Outra: Um atleta amador, que adorava correr, todos os dias, passando em um passeio, ao lado de um muro, altissimo, quase de oito metros de altura, ouvia, todos os dias, alguém, do lado de dentro desse muro, GRITANDO: 33, 33, 33,......33. Um dia, como todos os curiosos, resolveu colocar uma escada para verificar quem era que gritava o número 33 e por quê isto; ao subi, pela escada, chegando no tôpo do muro, estava lá um PACIENTE (o local era um hospital psiquiátrico), também, sobre uma escada, com uma PEDRA EM UMA DAS SUAS MÃOS, E, AO VÊ O CURIOSO, DEU-LHE UMA PEDRADA NA CARA, E, COMEÇOU A GRITAR: 34, 34, 34,......34!
A última, em um hospital psiquiátrico, toda a madrugada, alguém gritava: TÔ PO.....DRE! TÔ PODRE!.......e, ai, a direção do Hospital , desesperada, criou uma equipe plantonista para verificar quem gritava, desesperadamente, daquele jeito, todas as noites; um dia, a resposta: UM PACIENTE METIA O DÊDO NO C....´, CHEIRAVA E GRITAVA ASSIM! Desculpem-me, mas é para rirem, se desejarem, principalmente, por ser o PRIMEIRO DIA DO ANO DE 2012, DOS 364 QUE VIRÃO, COM MUITA PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE, E QUE AS DIFICULDADES SEJAM ENFRENTADAS COM CATEGORIA, TRANQUILIDADE E PERSEVERANÇA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário