quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A DOR POSSUI CURA?

Como podemos viver sem a dor? Sem à alegria? Sem a tristeza? Já pensaram se tudo na vida fôsse maravilhas? Será que haveria motivação para continuármos vivos? Quero um milhão de reais? Pronto, estão aqui; quero um avião somente para o meu lazer? Pronto, está aqui; Não quero ficar doente, pronto, jamais ficará doente;  jamais ficarei desempregado, pronto, pode ficar tranquilo; não quero morrer, pronto, não morrerá! Portanto, a vida é cheia de alegrias e tristezas, apenas, através do balanceamento, diário, poderemos ter uma qualidade de vida que nos leve, com tranquilidade, até o fim da nossa existência!  Como muitos dizem A VIDA É O NOSSO DIA-A-DIA, com alegrias e tristezas! Alguns pensam que a VIDA É, SOMENTE, DE ALEGRIAS, ai.......
Mas, a seguir um artigo publicado em uma revista médica, de autoria da Dra. Renata Ribeiro, especializada em Medicina da Dor e Acupuntura:

"TRATAMENTO DA DOR"

A dor enconta-se inserida na evolução histórica da humanidade e desde os primórdios é considerada, juntamente com a doença, como castigo divino, uma provação existencial e um mal necessário. Diante desta percepção desfocada em relação à dor, o avanço do seu estudo se deu a partir da abolição da visão religiosa, o que possibilitou o entendimento da sua existência fisica, seus mecanismos e controle. Ao longo do tempo muitos avanços foram realizados na compreensão dos mecanismos de dor, das dimensões da experiência dolorosa e do tratamento mais adequado.
Na evolução do conhecimento científico algumas descobertas na área de neurofísiologia e farmacologia marcaram conjuntamente o manojo da dor. A fisiologia nervosa, bem como os mecanismos funcionais de transmissão das mensagens e o adequado uso de analgésico são destaques na evolução histórica do estudo e do tratamento da dor. Outro fato relevante que auxilia nesses estudos é o reconhecimento que a psique existe, sendo parte integrante do indivíduo e orgânicamente exerce importante influência no seu funcionamento.
A Sociedade Internacional para o Estudo da DOR (IASP) ao procurar levar em consideração os aspectos afetivos, cognitivos, diferenças genéticas, gênero, ansiedades e expectativas do paciente, propôs a definição de dor como uma experiência emocional, com sensação desagradável, associada à lesão tecidual presente, potencial ou descrita como tal. Desmembrando-se as definições e pareando-as com as novas descobertas científicas é possivel considerar a dor com uma experiência subjetiva que ocorre em resposta a mecanismos lesivos. Durante o processo da dor ocorre liberação de determinadas substâncias que estimulam receptores específicos (nociceptores), responsáveis pela transmissão do estímulo doloroso no local da lesão até o Sistema Nervoso Central (SNC), onde ocorre a percepção da DOR.
A DOR limita e incapacita cada vez mais pessoas, seja por motivos intrínsecos ou extrínsecos ao paciente, tratando-se de uma resposta fisica altamente limitante. Afeta pelo menos 30% dos indivíduos durante algum momento da sua vida, e, em 10 a 40% deles, tem duração superior a um dia. Constituí a causa principal de sofrimento, incapacitação para o trabalho e ocasiona graves consequências psicossociais e econômicas. Muitos dias de trabalho podem ser perdidos por aproximadamente quarenta por cento dos indivíduos. Não existem dados estatísticos oficiais sobre a dor no Brasil, mas a sua ocorrência tem aumentado substancialmente nos últimso anos. A incidência da dor crônica no mundo oscila entre 7 e 40% da população, e, como consequencia da mesma, cerca de 50 a 60% dos que sofrem dela ficam parcial ou totalmente incapacitados, de maneira transitória ou permanente, comprometendo de modo significativo a qualidade de vida.
A dor pode ser considerada como um sintoma ou manifestação de uma doença ou afecção orgânica mas também pode vir a constitui um quadro clínico mais complexo.
Existem muitas maneiras de se classificar a dor. Considerando a duração da sua manifestação, ela pode ser de dois tipos: Dor Aguda - aquela que se manifesta tansitoriamente durante um periodo relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismou ou outras causas. Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e quando o tratamento recomendado pelo especialista é seguido corretamente pelo paciente. Portanto, possui caráter de alerta e proteção, início súbito, de fácil localização e duração previsivel. Já a DOR CRÔNICA caracteriza-se possuir duração prolongada, que pode se estender de vários meses a vários anos, é aquela que persiste após a cura de uma lesão ou que está asociada a um processo de doença crônica. A DOR CRÔNICA PODE TAMBÉM SER CONSEQUENCIA DE UMA LESÃO JÁ PREVIAMENTE TRATADA. Muitas vezes se torna um problema em si levando o paciente à perda de apetite, alterações de personalidade e crises depressivas. Esse tipo de dor não tem função biológica de alerta, é de dificil diagnótico e tratamento.
O tratamento da dor deve ser baseado em uma abordagem multidisciplinar, incluindo aparticipação de médicos, enfrmeiros, fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, permitindo, dessa forma, uma assistência global do indivíduo e utilizando tratamento farmacológicos e não-farmacológicos sempre objetivando uma melhora da qualidade de vida do paciente"
Desculpem-me a publicação deste texto, mas, pela sua importância, o publiquei. Uma historinha: ELA NÃO FALOU DA DOR DO INVEJOSO, POR QUE? SERÁ QUE EXISTE CURA?

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