Mas, como citei, no título deste texto, passo-lhes, a seguir, um lindo artigo publicado na Revista Veja, do final de abril deste ano, de autoria da excelente psicólogoa e escritora Lya Luft:
A MÃE DA GENTE:
Não gosto de escrever sobre ou em datas especiais, mas desta vez falo dessa singular criatura que é a mãe da gente, e dessa mais singular ainda relação entre nós e ela. Entre ela e nós? Há discrepâncias iniciais: o que sentimos e pensamos não coincide, em geral, com o que ela sente e pensa. Um dos dramas humanos é a distância entre a intenção de quem disse a palavra ou fêz o gesto, o olhar, e quem os recebeu e tantas vezes interpretou erradamente, guardando mágoas das quais o causador nunca teve a menor ideia, muito menos intenção.
A intensidade com que sentimentos e cultura caracterizam e oneram as relações humanas, sobretudo essa, de mães e filhos, pode ser pungente. Algumas brincadeiras bobas não são tão bobas: "Mãe de mais, vira mimado; mãe de menos, fica revoltado". Peso excessivo se coloca sobre os ombros de mãe, e de pai também. Se uma boa família, isto é, razoavelmente saudável, em que corra mais forte o rio do afeto e da alegria do que o da frieza e do rancor, tendo a produzir individuos emocionalmente mais saudáveis, a regra tem muitas exceções. Boas famílias podem conter filhos neuróticos, violentos, drogados, e famílias disfuncionais podem produzir gente equilibrada , positiva, produtiva.
E continua, no seu extraordinário texto, onde os convido para que seja lido por todos. No final do seu texto ela conclui: "A MÃE DA GENTE É O MAIS INEVITÁVEL, INEFUGÍVEL, IMPRESCINDÍVEL, AMÁVEL, ÁS VEZES EXASPERANTE E CARENTE SER QUE, SEJA QUAL FOR A NOSSA IDADE, CULTURA, PAÍS, ETNIA, CLASSE SOCIAL OU CULTURA, NOS FARÁ A MAIS DRAMÁTICA E PUNGENTE FALTA QUANDO UM DIA NOS DERMOS CONTA DE QUE JÁ NÃO TEMOS NINGUÉM A QUEM CHAMAR M Ã E!", e concluiu: "MÃE DA GENTE É AQUELA QUE NOS OPRIME E NOS ALIVIA POR ESTAR ALI; QUE NOS CUIDA, ÁS VEZES DEMAIS, E SE NÃO CUIDA A GENTE FAZ BOBAGEM"!
Um abração, fortissimo, para a minha querida MÃEZINHA; MINHAS VOVÓZINHAS; MÃEZINHAS ANÔNIMAS; AMIGAS; CONHECIDAS; ETC.! Além de cuidar dos filhos; netos; bisnetos; e aguentar o MACHÃO, NÃO É MOLEZA NÃO! E cuidar dos genros? Da família dos genros? É UMA CORRENTE INTERMINÁVEL! E ainda falam, MAL, da sogra!
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