EU FICO MUITO PREOCUPADO EM VIVER 150 ANOS E TER QUE AGUENTAR CERTOS AMIGOS, COLEGAS E CONHECIDOS! COMO OS AGUENTAREI?

O cientista, físico, um dos melhores do mundo, MARCELO GLEISER, membro da DARTMOUTH COLLEGE, EM HANOVER , EUA, e autor de a 'Ilha do conhecimento', nos trás um fantástico artigo 'MORRER PARA VIVER', publicada no jornal FOLHA DE SÃO PAULO, de 17 deste mês. Vejamos, sucintamente, alguns trechos:

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'MORTALIDADE: A bênção e a maldição da humanidade Por sermos capazes de entender a passagem do tempo, de entender que um dia não estaremos mais aqui, e que os que amamos também não estarão, buscamos, desde os primórdios, alguma resposta para esse grande mistério: POR QUE MORREMOS?

O oposto da morte, a IMORTALIDADE, a possibilidade de vivermos para sempre, é também inaceitável para muitos. Se somos IMORTAIS, qual o sentido da existência? Tudo o que fazemos está tão vinculado a certeza da morte que perde-la acarretaria uma profunda mudança da nossa psique e a IMORTALIDADE SERIA PROFUNDAMENTE ENTENDIANTE, visto que a passagem do tempo deixaria de ter importância em ser IMORDTAL. Seria uma exceção ao que ocorre no mundo IMUTÁVEL. Qual o sentido da existência? PASSAGEM DO TEMPO DEIXARIA DE TER IMPORTÂNCIA EM SER imortal. Seria uma exceção ao que ocorre no mundo imortal!

Do ponto de vista científico, já estendemos nossas vidas. Na idade Média, a expectativa de vida na Europa não passava dos 30 anos. Mesmo no início do século 20, era de apenas 31 anos. Em 2010, a média global subiu para 67,2 anos e continua crescendo. Os números baixos até 100 ANOS  atrás são expressão da alta taxa de mortalidade na infância. quando o individuo passa dos dez anos, sua expectativa de vida aumenta. Em 1730, na Inglaterra, 74% das crianças morriam antes dos cinco anos. Esse é um dos melhores argumentos em favor da ciência.

Se pudéssemos estender a vida indefinidamente (salvo morte acidental), será que deveríamos fazê-lo? No livro 'morte e o após morte', o filósofo americano Samuel Sheffler diz que um ser imortal perderia a noção do trágico e do sublime e que, com isso, perderia o sentido da vida. Já Thomas Nagel, colega de Scheffler, na Universidade de Nova York, discorda: 'POR QUE NÃO CONSIDERAR QUE UMA VIDA SEM FIM NÃO SERIA UMA BUSCA SEM FIM DE DESCOBERTAS EM SUCESSÃO, INCLUINDO SUCESSOS E FRACASSOS?". hUMANOS SÃO ALTAMENTE ADAPTÁVEIS A DESENVOLVEREAM MUTIAS FORMAS DE SE ADAPTAR A MUDANÇAS MATERIAIS NO DECORRER DA HISTÓRIA. NÃO ESTOU CONVENCIDO DE QUE O PAPEL DA MORTALIDADE EM DEFINIR NOSSAS VIDAS IMPLICA QUE A IMORTALIDADE NÃO SERIA ALFGO ACEITÁVEL'.

'Será que a IMORTALIDE É VIÁVEL CIENTIFICAMENTE? NÃO SABEMOS, EMBORA HOJE EXISTAM PESQUISAS SÉRIAS QUE VEEM O ENVELHICIMENTO COMO UMA DOENÇA QUE, EM PRINCÍPIO, É TRATÁVEL. SÃO FALO DA CLONAGEM DE HUMANOS, ASSUNTO ENVOLTO EM DISCUSSÕES ÉTICAS,  COMPLEXAS, MAS DE COMO CÉLULAS ENVELHECEM, DOENÇAS COMO O  CÂNCER APARECEM, E COMO O PROCESSO PODE SER IMPEDIDO

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Parece que esse será o caminho do futuro. Questões existenciais sobre o valor da imortalidade serão experimentadas e  não serão apenas objetos de especulação. Uma raça de semi-imortais seria motivação de sobra para preservar o planeta. Afinal, sem a Terra, os sem-mortais não teriam qualquer chance'.

Realmente, eu me preocupo com esse sucesso, fantástico, da medicina científica. Eu não posso aguentar tantos funerais de amigos , conhecidos e outros que terei de estar presentes! Como eu aguentarei a cara de toda essa gente, por mais que os considero, os admiro? Já pensaram em ficar mais de CEM ANOS indo , quase todos os dias, para um cemitério, e, por mais que eu não queira, chorar? E os intermináveis choros, os tapinhas nas costas? E as viúvas, doidas, novamente, para um novo 'axé'? Ah, eu fico pensando em vários que irão na minha frente, como: CARRAPATO, TINHO, MENDES, GEL BELEZA, DOURI, SEGUNDA-FEIRA, E, OUTROS E MAIS OUTROS! É por isto que eu adoro o que DEUS NOS CONCEDEU: NÃO SABERMOS O PRAZO DE NOSSAS VALIDADES! ONDE SOMOS, OBRIGADOS, DIARIAMENTE, A VIVER Á VIDA EM CADA SEGUNDO QUE ELA NOS PROPORCIONA, POIS, COMO SE ENCONTRA NA BIBLIA SAGRADA, 'A VIDA É UM SÔPRO'! Vamos pensar juntos: digamos que soubéssemos os nossos prazos, e ai, a tabela: eu, viverei 150 anos, você, dez anos, etc., etc., e ai como seria o dia-a-dia das nossas vidas?