quarta-feira, 15 de agosto de 2012

"A BUSCA PELA SOBREVIVÊNCIA NA FRANÇA OCUPADA"


Em um excelente livro "PARIS, A FESTA CONTINUOU - A VIDA CULTURAL DURANTE A OCUPAÇÃO NAZISTA, 1940-4", DE AUTORIA DE ALAN RIDING, tradução de Celso Nogueira e Rejane Rubino, Editora Companhia das Letras, com 464 páginas, custando R$50,00, vocês terão uma visão dessa triste história da França, não dos Franceses heróicos, mas, de um govêrno covarde, que se rendeu aos Nazistas, virando seus empregados, e, também, assassinos! É a página negra da história da França, onde os franceses não querem mais lembrá-la, tendo os RESISTENTES COMO GRANDES HERÓIS DESSE POVO, e, de todos nós que ficamos livres desses loucos assassinos do nazismo!

Uma excelente reportagem publicada na coluna EU & CULTURA, DO JORNAL VALOR, de 7 de maio deste ano, relatam parte desse período negro da história da França: "Há poucas semanas, ao declamar orgulhosamente um poea do escritor Robert Brasillach (1909 - 1945), o ULTRADIREITISTA JEAN-MARIE LE PEN causou um grande constragimento à filha, Marine, candidata à presidência. O motivo é simples: Brasillach foi um dos intelectuais fuzilados por colaborar com os NAZISTAS NA FRANÇA OCUPADA . Fascista de primeira hora, ele ajudou a inflamar o ódio antissemita que alimentou a presença invasora no País. E não foi o único. E eles não foram poucos.

Muitos livros estrangeiros e poucos volumes nacionais já colocaram o dedo na ferida que envergonha os franceses. Nascido no Brasil, filho de pais britânicos, o jornalista Alan Riding fez a mais recente investida no assunto. Recém-lançado também na França, "PARIS, A FESTA CONTINUOU - A VIDA CULTURAL DURANTE A OCUPAÇÃO NAZISTA, 1940-4", ainda não provocou nenhuma reação mais acalorada entre os franceses.

Saltam do livro personalidades contraditórias e pouco heroísmo de capa-e-espada. Os artistas e intelectuais de "Paris, a Festa Continuou" são demaiadamente humanos. "Quis investrigar, mas sem julgar demais. O que eu teria feito no lugar deles? Esta é uma pergunta que sempreme fiz quando cobria a América Latina para o New York Times. Eu tinha muitos amigos ameaçados e perguntava: o que eu faria?, diz Riding. E também tem o meu lado inglês. Os ingleses e os americanos passaram décadas esculhambando os franceses como COVARDES, COLABORACIONISTAS, ESSE TIPO DE XINGAMENTO. Não é uma questão de nacionalidade - o ser humano busca a sobrevivência".

E continua: "Nos primeiros momentos da invasão, Hitler percorreu as ruas desertas de Paris em triunfo silencioso. A relação dos invasores com a cidade partiu desse primeiro contato. Paris será para os nazistas uma espécie de colônia de férias requintada. Os cidadãos comuns tiveram que engolir a vergonhosa passividade de seu exército e passaram a se exercitar no esporte favorito da humaidade, a SOBREVIVÊNCIA.

Já os intelectuais, em sua maior parte, foram mais abusados, tentando arrancar um pouco de luxo dentro das passividades. O poeta Jean Cocteau, por exemplo, continuou frequentando os salões da aristocracia e publicando sempre que possivel. Arlety, diva do cinema nacional, dormiu com o inimigo. Riding se encarrega de tentar esclarecer a anedota clássica sobre Picasso, que continuou pintando em Paris, a despeito de suas notórias simpatias pela República espanhola. "Você fez issso?" teria perguntado um oficial nazista diante do quadro "Guernica". "Não, vocês fizeram", teria respondido Picasso. "Cheguei a falar com Françoise Gillot, amante do pintor na época, e ela me garantiu que a história é verdadeira. Se eu não colocasse isso no livro, as pessoas não iriam perdoar", iz Riding.

Um dos personagens mais surpreendentes encontrados pelo autor foi o escritor Jean Paulhan (1884=1968), editor da "Nouvelle Revue Française" , um ninho das melhores cabeças da França que continuou sendo publicada durante a Ocupação.

"É curioso ver como pessoas capazes de exigir a cabeça de milhares de homens com sangue-frio, se preocupam com suas vidinhas sujas. Os dois fatos devem estar relacionados", escreveu em seu diário o oficial nazista beaseado em Paris e escritor Ernst Júnger.

Nesse livro há uma foto mostrando mostrando mais uma das   brutalidades desse regime nazista: O Museu de Louvre, esvaziado de obras de artes durante a ocupação nazista. Vemos centenas de molduras sem os quadros, todas roubadas pelos nazistas, por ordem de um grande admirador e "colecionador": Hitlher. A nova Alemanha, democrática, sadia, já devolveu milhares de quadros e outras obras de artes, para centenas de Museus em todos os Países que foram invadidos pela Alemanha Nazista! A antiga União Soviética, parceira na segunda guerra mendial contra os Nazistas, aproveitando da derrota desse regime, ROUBOU CENTENAS DE OBRAS QUE TINHA SIDO ROUBADAS PELOS NAZISTAS, onde, até hoje, a Rússia, herdeira,cria todo tipo de obstáculos para não devolverem aos seus verdadeiros proprietários, nos casos, museus de países, inclusive, com pressão dos EUA; da Europa; e da própria O.N.U.! São ladrões roubando ladrões!

Segundo dados fornecidos pela O.N.U, no ano passado, mais de DEZ MIL JUDEUS, COM ORIGEM FRANCESA, FORAM ASSASSINADOS! Eram QUINZE MIL, mas, pela força dos heróis franceses da resistência, e, pelo temor do covarde govêrno francês que se agachou para Hitler, salvaram-se uns CINCO MIL JUDEUS, DE PAIS JUDEUS, MAS COM ORIGEM JUDÁICA, onde esse govêrno entreguista temia reações da sociedade francesa! Calculam-se que mais de MIL FRANCESES DA RESISTÊNCIA FORAM ASSASSINADOS; CENTENAS FORAM PRESOS , E, SOMENTE NÃO FORAM ASSASSINADOS POR CAUSA DO FIM DA GUERRA!

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