segunda-feira, 27 de maio de 2013

"PEQUENOS ZELADORES"!



Senhor Ivan Ângelo (Ivan@abril.com.br) fez uma singela homenagem a pessoas que trabalham para a nossa Sociedade, mas, infelizmente, não são reconhecidos, claro, existem exceções, e que são de grande importância a nível de um médico; engenheiro; guarda-de-trânsito; soldados; ou seja, ao ZELADOR!

E ele nos diz: "Pequenos zeladores, leitor, são os cidadãos comuns que cuidam da cidade sem outro interesse que não o da limpeza e da beleza. São os que dão o abrigo de uma árvore e comida aos passarinhos, os quis retribuem alegrando espíritos com sua leveza e canto. São os que grudam orquídeas nas árvores do seu quarteirão, aquelas que sobraram das festas e da gentileza das visitas. Os que retiram sujeiras das sarjetas em frente de suas casas e jogam no lixo. São os moradores que pintam suas fachadas, muros e grades, repõem vidros, madeiras e calhas de suas casas, pelo simples e encantador motivo de vê-las bonitas. São os que cuidam dos seus jardins, das suas calçadas, das flores que primaveram suas jardineiras e canteiros, estimulando uma onda de atarefados vizinhos a fazer o mesmo, a rivalizar com pequenas atrações e descobertas botânicas. São empresas pequenas e médias que patrocinam a jardinagem de praças vizinhas ou a grafitagem artística dos muros próximos. São os que regulam os motores de seus carros com o objetivo consciente de não piorar o ar que respiramos; os que fecham suas torneiras no momento certo para o bem de todos; os que recolhem nas calçadas os cocôs de seus cachorros; os que ensinam a seus filhos que pichar paredes suja a imagem da cidade e a deles, como moradores".

"Preste atenção, passante, nos pequenos gestos desses moradores civilizados e agradeça, porque sem eles estaremos entregues à total degradação e feiura".

Em tempo: no meu condomínio, e, em todos os lugares que moramos, por sinal, herança dos meus pais, acostumamos a presentear, com as mínimas coisas, esses zeladores que passam três vezes por semana colhendo o nosso lixo! Natal e Ano Novo; Carnaval; Semana Santa; São João, e, novamente, começam os festejos de fim de ano, pois, como estão vendo, BAIANO FESTEJA QUASE O ANO TODO E POR ISTO NÃO TEMOS TEMPO PARA DEPRESSÕES! Pois é, voltando aos zeladores, damos roupas, novas e usadas; comidas quase toda a semana, em quentinhas; presentes para os filhos, etc.. MAS, ALGO ESTÁ ME IRRITANDO: durante o ano são três coletores e um motorista; quando chegam nesses momentos o quadro dobra, onde já chegou a dez! Um dia, chateado pela esperteza, perguntei-lhes: por que o ano todo são quatro, e, nas festas o número dobra? Ah, Senhor, o trabalho dobra! Pronto, o que eu vou fazer!
 
Mas, vejam o que uma parte da sociedade trata essa gente! Um deles disse-me que no meu condomínio pouquíssimas casas dão um copo de água, assim mesmo, as empregadas avisam-lhe que a patroa e o patrão não gostam e que eles bebam ligeiro para eles não pegarem! No condomínio que eu morava, antes, no bairro da Pituba, da chamada classe média alta, onde ocupava o miserável cargo de Síndico, uma cidadã, juíza de direito e o marido promotor público, ligou para o meu apartamento para protestar porque EU E VÁRIOS MORADORES DÁVAMOS ALMOÇO , JANTAR E ÁGUA para os funcionários, dizendo-me QUE AQUILO VICIAVA A RAÇA, ALÉM DE DEIXAR O ELEVADOR DE SERVIÇO (a minha ordem era para descer por esse elevador, que, inclusive, descia centenas de kg de lixo, diariamente, mais cachorros e outros animais!) com cheiro de comida! Eu, irritado e decepcionado com essa paupérrima senhora, insensível até a medula, disse-lhe: A SENHORA POSSUI TODO O DIREITO DE NÃO DÁ UM SÓ CARÔÇO DE FEIJÃO, MESMO QUE DEUS A CONDENE, MAS, EU POSSO, COM O MEU DINHEIRO, DÁ O QUE BEM DESEJAR A ELES! SOBRE O CHEIRO DE COMIDA, EU ACHO MUITO MELHOR SER DELE DO QUE SER DO LIXO QUE TRANSPORTAMOS, DIARIAMENTE, POR ELE, MESMO SENDO LAVADO E COLOCADO BOM-AR" e ela, disse-me: quer dizer que o senhor continuará deixando? Sim, não haverá mudanças enquanto eu for Síndico, e ela ameaçou-me levar o problema para uma assembleia geral, e, eu, em forma de desafio, disse-lhe: não se preocupe: haverá uma assembleia, na próxima 5a feira (era uma segunda) e eu colocarei no edital, especificamente, o que a senhora está protestando! No dia seguinte, quando saia do edifício (é por isto que essa porra é chamada de E   DI    FICIO!), estava lá o seu marido, promotor, pedindo-me desculpas e que por favor eu esquecesse do protesto e não colocasse em pauta! E ai, ela ficou minha inimiga, até hoje, eu, tenho certeza, amigo de DEUS e ela do CÃO!

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