quinta-feira, 8 de agosto de 2013

"Á BEIRA DO ABISMO", UM LINDO FILME, DA ÉPOCA DO NAZISMO, CONTANDO-NOS UM CASO REAL!



Em 1938,  uma menina, chamada IZZA , foi morar na Alemanha, quando Hither ameaçava o mundo. Hoje, a bisavó IZZA lembra a empolgação da mudança, a gentileza dos alemães e a paranoia da guerra!

Como filha de militar, cresci acostumada a me mudar. Meu pai, o então major Gellio de Araújo Lima, ficava dois anos em cada cidade. Em 1937, papai avisou que iríamos para a Alemanha. Eu tinha 10 anos de idade e morávamos no Rio de Janeiro. A Alemanha era uma das maiores produtoras de armas do mundo, e o governo de Getúliio Vargas estava interessado em compra-las. Meu pai foi mandado à cidade de ESSEN, onde ficavam as indúsrias Krupp. Ele e outros oficiais brasileiros acompanhariam a produção de armamento.

Para nós, crianças, ele simplesmente contou que viveríamos na Alemanha por cinco anos. Achamos ótimo. Nunca tínhamos saído do Brasil nem mesmo em férias. Era difícil um oficial com quatro filhos ter dinheiro para viajar a lazer.

Embarcamos em fevereiro de 1938. Fomosas quatro crianças, meu pai, minha mae uma tia e nossa empregada. A viagem de navio foi um conto de fadas. Éramos servidos por garçons, coisa que não conhecíamos. A gente bricava no navio como num quintal. Nos divertíamos num grande salão, que a mim, pequena como era, parecia enorme.

Quando chegamos à Alemanha, não nevava, mas estava muito frio. Achei aquele um país cinza. Desembarcamos em Hamburgo e seguimos de trem. ESSEM]N era uma cidade pequena, porém avançada e movimentada, com muitos carros e ônibus. havia também bandeiras com a SUÁSTICA NAZISTA, mas não de forma tão ostensiva como veríamos depois, nos filmes. Fomos morar num apartamento grande, com aquecimento interno e despensa.

Passávamos o dia inerioro na escola de freiras, só para meninas. Éramos uma atração, por causa do idioma. No recreio, ficávamos no meio de uma roda, e as outras crianças nos pediam para falar. Elas não tinham muita noção do que era o nosso país. Mas falavam do pedaço que eles "tinham" no Brasil, da "colônia" alemã aqui, Sana Catarina. Isso me deixava danada.

No início, não falávamos alemão. Criaram uma sala só para nós, as meninas brasileiras, rês alunas. A professora ficava em tempo integral conosco. Nunca nos mandou uma advertência. Com um pai militar, sabíamos nos comportar. Levei bronca só uma vez. Antes de ir para casa, no fim da tarde, eles serviam um prato de sopa bem forte, que eu adorava.Não gostava porque  vinham pedaços de gordura. Aquilo eu não conseguia engolir. No primeiro dia, deixei no prato. Veio a freira e me disse: "Não,tem  de comer tudo". E ficou do meu lado até que eu terminasse. Das ouras vezes, aprendi a esconder a gordura na pilha de pratos sujos.

Nas ruas o clima não era bom. Quando dois garotos brigavam, o primeiro adulto que passava lhes dava uma bengalada!.

Uma vez, quando a tropa alemã desfilava em praça pública, já endeusando o nazismo, todos os cumprimentavam com aquela saudação nazista, e, nós, crianças, brasileiras, não entendíamos nada, pois, poucos minutos recebemos bengaladas nas cabeças, pois, não saíamos que era obrigação fazer esse cumprimento! Soube, mais tarde, pelo meu pai, sobre o inicio dessa guerra, e que aquele desfile era a preparação para invadirem à Polônia.

Começaram a recrutar meninos na faixa de 13, 14 anos; eram os "MENINOS DE HITHER": bonitos, louros, a maioria de olhos azuis. Um dia, vindo da escola, vi vários deles quebrando janelas e portas de uma casa, onde jogaram móveis, pratos, tudo para fora, os destruindo. Meu pai, mais tarde, nos disse que se tratava de uma casa de uma família judia!

Papai, com esse episódio e outros decidiu que tinha chegado a hora de partirmos, principalmente, pelo estado de guerra que já vivíamos, onde tudo era racionado: comida, água, etc., etc.. A nossa liberdade estava ficando, cada vez mais, limitada. Ele, inclusive, temia que o Brasil entrasse na guerra e ficasse contra a Alemanha, como, de fato aconteceu posteriormente, e, ai, todos nós estaríamos presos!

Como toda a semana viajávamos para o interior do Pais, para passearmos, aproveitamos uma delas e fugimos. Fomos para a Holanda, onde ficamos um mês, e, depois para Paris, de lá para a cidade de Bordeaux, e, de navio viajamos para o nosso País! Meu pai ficou preso, por 4 meses, mas, com ajuda do governo do Brasil ele foi solto e voltou para a nossa terra! Hoje, conto essa história aos meus filhos, netos e bisnetos para que eles nunca esqueçam que o nosso Brasil é o melhor do mundo!
 
Portanto, caros companheiros, é mais uma história, triste, desses monstros que quase dominaram o mundo! Breve escrevei mais sobre esse criminoso Império do mal, pois, com o fim do impedimento judicial de se divulgar filmes, casos, etc. desse regime nazista, pela Alemanha, estamos agora recebendo materiais, fantásticos, sobre essa era do medo! Até filmes e documentários feitos por oficiais nazistas, agora, estão liberados para o mundo! São estarrecedores! Como estamos com mais de CINCO MIL ACESSOS DA ALEMANHA, logo, aproveito, e mando-lhes esses textos, por sinal, já vários que eu escrevi neste blogdopovão, desde a sua instalação, em 24 de setembro de 2010, inclusive, porque, até hoje, não consigo entender o Hither, e, seus assassinos, como ENGANARAM UM POVO TÃO INTELIGENTE COMO O ALEMÃO, PRINCIPALMENTE, POR SER O HITHER UM GRINGO, DA ÁUSTRIA, VIENA!

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