terça-feira, 4 de setembro de 2012

"DO ORIENTE AOS CAFEZAIS PAULISTAS"

 
 
REVIVENDO Á HISTÓRIA:
 
 
Em 1908, saiu um depoimento de um imigrante Japonês, já residindo no interior de São Paulo, Brasil, de nome Tomoo Handa, no livro publicado naquela época denominado O IMIGRANTE JAPONÊS - HISTÓRIA DE SUA VIDA NO BRASIL.
 
"Os relatos dos imigrantes japoneses mostram como a adaptação ao Brasil foi dura, talvez ainda mais do que para os estrangeiros que chegaram antes às lavouras paulistas - italianos, portugueses, espanhóis. Muito diferentes dos europeus, física e culturalmente, ficavam à parte nessa legião de estrangeiros. Trabalhavam duro sob os gritos dos fiscais nas fazendas de café, não entendiam a lingua e não gostavam da comida.
 
A primeira leva chegou no dia 18 de junho de 1908, no navio Kasato Maru, que aportou em Santos trazendo 781 lavradores e suas famílias. Seu destino eram os centros produtores de café, no Vale do Ribeira, São Paulo.
 
O Estado era o maior produtor mundial do grão. As péssimas condições de trabalho levaram muitos imigrantes europeus a fugir da lavoura e tentar uma nova vida nas cidades. A escassez de braços era grande e os cafeicultores pretendiam aliar o suprimento de mão-de-obra à abertura do mercado japonês para o café.
 
No Japão, o governo estimulava a emigração. Embora em processo de modernização, o país enfrentava graves problemas sociais resultantes do crescimento da população e da falta de terras cultiváveis. A primeira leva de emigrantes, em 1885, dirigiu-se para Havai. Outras foram para a costa oeste dos EUA e, depois, para a América Latina. Entre 1908 e 1914, entraram no Brasil 14.886 japoneses. Entre 1917 e 1920, vieram mais 13.595. Eles impressionavam pela disciplina, higiene e amabilidade, como mostra o artigo de J. Amândio Sobreal, secretário de Agricultura de São Paulo, publicado no Correio Paulistano no dia 26 de junho de 1908 (faziam filas e mais filas para fazerem suas refeições, e, quando terminavam, o salão de refeições parecia que ninguem estivesse estado lá, onde não se encontrava um só grão de arroz!).
 
Ao desembarcarem na Hospedaria dos Imigrantes, depois de quatro horas de viagem em trem especial de Santos a São Paulo - saíram dos vagões na maior ordem e não se viu neles uma casca de furta,uma coisa qualquer que denotasse falta de asseio...Foram recolhidos no refeitório da hospedagem, ocupando todas as mesas, e ainda sobrou gente, que ficou nos corredores.
 
Estavam todos vestidos à européia: os homens de chapéu ou boné, cinto, as mulheres de saia e camiseta, apertada na cintura por um cinto, e de chapéu; um chapéu simples, preso na cabeça por um elástico e ornado por um grampo. Traziam calçados baratos, com protetores de ferro na sola, e todos usavam meias. Alguns dos homens foram soldados na Guerra Russo-Japonesa e traziam no peito suas condecorações.
 
Os japoneses são geralmente baixos: cabeça grande, tronco grande e reforçado,pernas curtas. Um japonês de 14 anos não é mais alto do que uma criança brasileira de 8 anos de idade. Mas vieram algusn homens altos, regulando sua estatura pela nossa média...
 
Essa primeira leva de imigrantes japoneses entrou em nossa terra com bandeiras brasileiras de seda, feitas no Japão,.............de propósito para nos serem amáveis..........reveladora de uma boa educação.
 
As suas bagagens eram pequenas.....mil e cem malas, na maior parte de vime branco. Traziam as roupas indispensáveis e objetos de uso diário como pasta de dentes, um frasco de conservas, um de molho para temperar a comida; uma ou outra raiz medicinal, as esquisitas travesseiras de madeira forrada de veludo ou de bambu fino; flexível; cobertores, casações; ferramentas pequenas,um ou dois livros; uma caixa de papel para cartas, nanquim para escrever, pauzinhos para comer arroz. De roupas japonesas,só vi um quiomonozinho pintalgado de uma criança".
 
Pois é, esse fantástico Povo, de um País tão pequeno, menor do que o Estado de Sergipe, hoje, uma das maiores nações do mundo, em riqueza econômica e financeira, onde o PIB ultrapassa os 5 TRILHÕES DE DÓLARES, O SEGUNDO MAIOR CREDOR DE TÍTULOS DA DÍVIDA AMERICANA NO MUNDO, ficando atrás da China! O Brasil, pasmem, é um dos DEZ MAIORES CREDORES DESSE PAÍS! Para termos uma idéia dessa potência Japão, apesar de não terem uma só gota de petróleo em seu subsolo e mar, possui o segundo maior parque industrial de derivados de petróleo do mundo, perdendo, apenas, para os EUA! O Brasil, já uma potência petrolífera, simplesmente, importa quase tudo de derivados, ou seja, o que sempre os economistas falam: PAÍS QUE EXPORTA MATÉRIA PRIMA É PAÍS POBRE!
 
Pois é, minha gente, achei interessante este texto, retirado de um livro contendo as maiores manchetes de jornais daquela época, 1908!
 
Hoje, a colônia japonesa, no Brasil, já é a MAIOR DO MUNDO FORA DO JAPÃO! Por exemplo, conheço alguns japoneses que me dizem ser Brasileiros, principalmente, pelo fato dos seus filhos; netos; bisnetos terem nascidos Brasileiros, e, serem respeitados brasileiros! Ou seja, o que esses Imigrantes querem dizer é o fato da nossa CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA OBRIGAR O RECONHECIMENTO DE QUALQUER CRIANÇA QUE TENHA NASCIDO EM SÓLO DO BRASIL COMO UM BRASILEIRO LEGÍTIMO , INDEPENDENTEMENTE DA ORIGEM DOS SEUS PAÍS! Esta é a maior riqueza deste Brasil, reconhecida pelos povos de outras Nações que escolhem o Brasil para ser a sua segunda Pátria! No Japão, como em outros Países, FILHO LEGÍTIMO É O QUE FOI GERADO DE PAIS NASCIDOS NA PRÓPRIA NAÇÃO, OU SEJA, O QUE HITHER DESEJAVA PARA OS ALEMÃES ARIANOS!
 


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