segunda-feira, 3 de setembro de 2012

"NAZISMO Á BRASILEIRA"



Saiu essa reportagem, no jornal O GLOBO, de 25 de agosto deste ano.

Um livro, da professora Ana Maria Dietrich, da Universidade Federal do ABC, São Paulo, publicado pela editora Todas as Musas, excelente, relatando essa história acontecida no interior do Brasil. Vejamos:

"Primeiro de maio de 1937. A Juventude Hitlerista entoa músicas sobre a SUPERIORIDADE ARIANA. Representantes da Associação das Mulheres e da Frente de Trabalho Alemã acompanham o cortejo, adornado por suásticas. Após a cerimônia, que poderia se estender a estádios de futebol, vinha o almoço - normalmente eintopf( um guisado de carne, verduras e batatas). O cenário: BELÉM, do Pará. Mas o mesmo acontecia em Salvador, Rio ou São Paulo. Diversas cidades importantes, de 17 estados brasileiros, receberam manifestações nazistas entre 1928 e 1938 - e, em outras tantas, o movimento seguiu na clandestinidade pelos quatro anos seguintes. Com seus 2.822 filiados, o PARTIDO NAZISTA BRASILEIRO foi o maior fora do eixo Alemanha-Austria. A conta inclui apenas os membros efetivos da legenda e não seus simpatizantes".

E continua: "As dimensões do nazismo tropical surpreende ainda mais quando se leva em conta que o partido aceitava em seus quadros apenas os alemães de nascimento. Descendentes não eram bem-vindos na legenda. MENOS AINDA OS BRASILEIROS, TIDO COMO RAÇA INFERIOR. MULATOS E NEGROS ERAM O FOCO MAIOR DE PRECONCEITO - ALÉM DOS JUDEUS, QUE CHEGAVAM AO BRASIL EM NÚMERO CADA VEZ MAIOR, fugindo da Europa destruída pela PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL e do crescimento do PODER DE ADOLF HITHER".

A professora Ana Maria Dietrich "lembra que a existência do PARTIDO NAZISTA NO BRASIL coincide, em grande parte, com o governo de Getúlio Vargas: 'Vargas tinha grande simpatia por Hithler, o que ficou evidenciado por acordos comerciais, como a venda de algodão para o Reich - revela.' 'Os alemães importanram para cá as grandes festividades e reuniões que caracterizaram este movimento totalitário, além de atitudes como a elaboração de jornais e a distribuição de filmes em escolas alemãs estabelecidas aqui'.

A professora, estudiosa, há dezesseis anos do NAZISMO, destaca um dos documentos pesquisados: '....no verão de 1937, integrantes do Instituto de Pesquisas de Hamburgo, em viagem pelo Espírito Santo, a mando de Hither, para verificarem se a RAÇA ARIANA CONSEGUIRIA SOBREVIVER NOS TRÓPICOS. ERA PRECISO AVALIAR SUA ADAPTAÇÃO AO CLIMA, Á ALIMENTAÇÃO, A POSSÍVEIS DOENÇAS; AOS INSETOS; AOS ANIMAIS E AOS MESTIÇOS (os brasileiros), DIZ A PESQUISADORA'! E ela continua: 'O Estado (o Espirito Santo) foi escolhido por concentrar, desde 1847, uma populosa colônia alemã - à época, ela já teria 30 mil pessoas, a maioria da terceira geração'.

"Após analisar modificações na massa corporal, na taxa de mortalidade e na degeneração do corpo ou do espírito daquela comunidade' - como chamou o relatório -, percebeu-se que a maioria dos alemães preservava CORPOS FORTES E TINHA BOA SAÚDE. A RAÇA BRANCA, PORTANTO, SE ADAPTARIA BEM AO CLIMA DO BRASIL, DESDE QUE NÃO SE MISTURASSE AOS NATIVOS'.

"Essa ressalva dividiu a população já estabelecida aqui. Nos anos 1930, o Ministério das Relações Exteriores do III Reich foi inundado por cartas de alemães que reclamavam da 'propaganda enganosa1 do governo brasileiro. Vinham para trabalhar na lavoura e, quando chegavam aqui, descobriam que teria de exercer a função ao lado de NEGROS E MULATOS".

"Outros, no entanto, não se importavam com a miscigenação e ignoravam as ordens oficiais. Membros da diretoria do PARTIDO NAZISTA, em São Paulo, ROLAND BRAUN, era casado com uma brasileira e tinha uma filha nascida aqui, segundo a GESTAPO. Braun confidenciava a amigos que se sentia mais em casa nos trópicos do que na Alemanha, onde, por conta de sua desobediência, seria considerado um estrangeiro".

"Alguns elementos ligados à cultura brasileira encontraram menos resistência entre os NAZISTAS ESTABELECIDOS NO PAÍS. A CANJICA, POR EXEMPLO, ERA TÃO POPULAR QUANTO PRATOS ALEMÃES. A FESTA DE SÃO JOÃO, EM ALGUMAS CIDADES, TAMBÉM ENTROU NO CALENDÁRIO D EVENTOS DO PARTIDO NAZISTA NO BRASIL"

"O NAZISMO ATDRAIA MUITOS BRASILEIROS - MAS A RECÍPROCA, COMO FICOU CLARO, NÃO ERA VERDADEIRA. O surgimento do INTEGRALISMO (De Getúlio Vargas), em 1932, mudou esse cenário ao tirar do PARTIDO NAZISTA O FOCO DOS SIMPATIZANTES DO FASCISMO NO BRASIL":

- 'Foi uma dor de cabeça para os NAZISTAS, que queriam o apoio dos fascistas brasileiros", ressalta essa escritora.

"OS INTEGRANTES DO partido nazista no brasil LEVARAM SUA IDEOLOGIA ATÉ A fLORESTA aMAZÔNICA. uMA EAXPEDIÇÃO À REGIÃO, EM 1936, É, SEGUNDO A HISTORIADORA, UMA DEMONSTRAÇÃO DE COMO O NAZISMO AGIU NO PAÍS COM A conivÊNCIA DO GOVERNO VARGAS. A operação teve autorização formal de Vargas e oobjetivo declarado de explorar faun e flora. Ana Maria acredita que a ida à selva pode ter sido outros propósitos além dos informados ao Palácio do Catete"

"Em 1938, já no ESTADO NOVO, o governo proibiu todas as atividades políticas estrangeiras. Esta medida causou um ruído nas relações diplomáticas com a ALEMANHA. Vargas, como pedido de desculpas, mandou sacas de café para Hither, que nãos e conformou.

"OPARTIDO NAZISTA continuou funcionando, clandestinamente, no Brasil até 1945, quando Vargas, pressionado pelos Aliados, declarou guerra ao Eixo.

Portanto, quem sabe, se não fosse o INTEGRALISMO DE VARGAS, teríamos, aqui, a carnificina perpetrada pelo ditador-assassino Hither, mantando JUDEUS; NEGROS; INDIOS; MESTIÇOS; BRANCOS DESCENDENTES DE NEGROS E INDIOS, COMO QUASE TODO BRASILEIRO!

Leiam este livro, é sensacional!

Nenhum comentário:

Postar um comentário