terça-feira, 11 de setembro de 2012

"MANOBRAS DE ESPERANÇA NO 'SKATEISTÃO"



"NA VELHA CABUL, DEVASTADA PELA GUERRA, 400 CRIANÇAS DESCOBREM NAS PISTAS DE SKATE O CAMINHO PARA U FUTURO DE ESPORTE E CIDADANIA", assim começa uma fantástica reportagem, no jornal O GLOBO, de 9.9.2002, de autoria de Renata Malkes, jornalista desse excelente jornal:

"Alguns vão com chinelos surrados. Muitas meninas exibem véus coloridos sobre os cabelos. Todos têm entre 5 e 19 anos de idade e, sob um vestuário humilde e impecavelmente limpo, não escondem o sorriso. Quando chegam ao galpão erguido num bairro não muito distante do centro de Cabul, correm em busca de proteção. E de um pequeno quartinho, lotado de bancos e prateleiras, eles saem prontos para mais uma batalha - mas não como aquela travada no devastado Afeganistão. De capacetes, joelheiras, cotoveleiras e tênis, 400 crianças afegãs usam pranchas de skate para um divertido duelo contra si mesmas. No SKATEISTÃO, a ordem é testar limites, experiementar a adrenalina e saborear a lierdade de deslizar sobre rodinhas.

- Quando ando de skate é como se estivesse voando, fico livre. Minha vida mudou aqui, fiz novos amigos, e um deles se chama Durkhanai - contou, tímida, a jovem Madina Saidy, de 14 anos".

Madina é uma das 400 crianças atendidas pela ONG SKATEISTÃO EM CABUL. Como metade delas , até dois anos atrás fazia bicos nas ruas para ajudar a família. Usando um longo véu marrom sob o capacete branco, desliza com desenvoltura pelos circuitos montados no galpão. Tornou-se instrutora dos recém-chegados".

- 'Eu sinto que tenho que aprender mais manobras, assim como na vida. Tentar e trabalhar duro é o mais importante. Esquecer a guerra é dificil, mas me sinto bem sobre o skate", disse ela ao GLOBO.

"São 15 mil aulas por ano no galpão transformado no primeiro parque de skate do Afeganistão. As atividades ocorrem seis dias por semana. Cada um dos 400 alunos atende a duas sessões semanais: numa, há a aula de skate e na outra, cursos de artes, lieratura, direitos humanos e jornalismo. Hoje, eles mesmos montam e pintam seus próprios skates. Treinos de basquete desenvolvem o espírito de equipe e até uma parede de escalada foi montada para quem quiser aostar tudo na adrenalina".

'Acho que os afegãos e afegãs tê muito mais equilíbrio sobre o skate que as crianças ocidentais, principalmente, porque não têm medo de cair, levantar e começar tudo de novo", disse Oliver Percovich, criador dessa Ong! (Essa é minha: QUE HERÓI FANTÁSTICO! REALMENTE, É UM CORAJOSO, POIS, AO FAZER ISTO, A SUA VIDA DEVE ESTAR VALENDO CENTAVOS PERANTE OS TALIBÃES, a "religião" dos Bin Ladens da vida! Por sinal, UMA DAS VIÚVAS DESSE MONSTRO ERA A FILHA, MAIS NOVA, DO CHEFÃO DESSES LOUCOS TALIBÃES!).

"Mas, uma curiosidade: como tudo começou? Segundo ele, aos 37 anos Percovich desembarcou em Cabul, em 2007. Cansado do trabalho com detentos doentes da comunidade aborígene na pequena Alice Springs, foi para o Afeganistão em busca de um emprego como pesquisador (Essa é minha: é ou não é um corajoso?) . Na verdade, uma desculpa para ir atrás da namorada, voluntária numa das inúmeras ONGS da
capital Afegã (outra corajosa ou louca!). Na bagagem, levou o skate - e virou alvo de curiosidade ao se deslocar com as sua prancha por ruas poeirentas e emburacadas. As crianças ficavam fascinadas e, rapidamente, ele se viu cercado delas no entorno da fonte Massoud, ensinando-as a se equilibrar sobre a prancha. O namoro, naquela altura, já havia acabado. E o australiano decidiu apostar num esporte urbano, criativo e não competitivo para resgatar a autoestima da criançada num dos países mais pobres do mundo. Entre pedintes, lavadores e ambulantes, trabalham nas ruas da capital afegâ nada menos que 60 mil crianças, segundo o Unicef".

"Segundo ele, ......A ameaça velada de insurgentes talibãs é real e, felizmente, nunca concretizada".

".. o Skateistão cresceu, chegando ao Camboja e ao Paquistão. No afeganistão, no próximo mês, é a vez de Mazar i-Sharif ganhar um parque. Naquela região, de radical basta apenas o esporte".

Que maravilha! Esse cidadão do mundo merece, urgente, o PRÊMIO NOBEL DA PAZ!

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