segunda-feira, 17 de setembro de 2012

NO TEXTO, ABAIXO, ONDE SE LÊ ESCREVER, LEIA-SE ESCREVIR!



Mais, a seguir, um novo texto, ainda sobre uma das misérias que a humanidade passou: o NAZISMO!

"ESCRAVOS DO NAZISMO":

Em uma excelente reportagem saida na revista Época, da semana passada, com esse título, sobre pessoas que eram tratadas como escravos a serviço do Nazismo. Vejamos:


"Aos 10 anos de idade, no distante 1933, os dias do menino Aloysio Silva era divididos entre a escola e as brincadeiras no Educandário Romão de Mattos Duarte, um orfanato do Rio de Janeiro. Até que dois homens apareceram por lá, jogando balas para o alto. Enquanto as crianças corriam para pegá-las, um dizia para o outro: 'Bota esse menino para cá, bota aquele para lá'. Silva ficou no grupo dos mais ágeis, o que selou sua transferência para a Fazenda Santa Albertina, no interior de São Paulo, hoje município de Campina do Monte Alegre. Os dois homens eram Osvaldo Rocha Miranda, membro de uma das famílias mais poderosas do País, e seu motorista, André. Eles selecionaram 50 crianças órgãs, sendo 48 delas negras ou pardas, para mantê-las em regime de escravidão, sob a égide do ideário nazista. Os Rocha Miranda eram donos de bancos, empresas de transporte, hotéis de luxo e propriedades rurais. Além de ricos, faziam parte do ultraconservador movimento integralista brasileiro e mantinham relações estreitas com os nazistas, como o ministro da Economia de Guerra de Hitler, Alfried Krupp, que chegou a comprar uma fazendo do clã na década de 1940. Ainda hoje, é uma das mais ricas famílias do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil!

A fazenda onde foi criado o centro de trabalhos forçados para os 50 órfãos no interior paulista era de propriedade dos Rocha Miranda. 'Quando chegamos, um paraíbano ruim já estava esperando a gente', diz Silva, hoje um senhor de 89 anos. 'Nossa vontade era só fugir, mas esse paraíbano tinha dois cachorros ensinados. Era só ele apontar que eles vinha nos cercar'. O desejo de fuga era mais do que justificável. As crianças trabalhavam por cerca de dez horas diárias. Quando desagradavam aos tutores, eram submetidas a agressão física, prisão e jejum. 'Hora de folga, que a gente poderia brincar, a gente ficava tudo sentadinho ali, sem sair porque senão o tutor já vinha com o cachorro', lembra Silva, testemunha de uma história que só veio à tona há 14 anos, quando uma das sedes das fazendas dos Rocha Miranda ia ser reformada e foram encontrados tijos com a suástica - símbolo nazista".Mas, os órgãos escravos não viviam na ilegalidade - o centro dos Rocha Miranda recebia a supervisão da Delegacia Regional de Ensino de Itapetininga, órgão em consonância como ideário da elite dominante do País, que defendia, entre outras coisas, uma política eugnista. O eugenismo, parte fundamental da ideologia nazista, usava a genética para justificar a suposta superioridade da raça branca e dava o aval para uma redução de direitos políticos e jurídicos às raças consideradas inferiores, como os negros. Até a Constituição da República de 1934, elaborada durante o governo de Getúlio Vargas (1882-2954), dizia que era função do Estado "estimular a educação engênica". Em 1933, quando Aloysio Silva chegou ao local, a fazenda era uma base da Ação Integralista Brasileira e o nazismo também era propagado abertamente. Os tijos da fazenda vizinha, a Cruzeiro do Sul, que à época era também da família Rocha Miranda, ainda guardam a suástica nazista.".

O sofrimento de parte desses órfãos terminou com a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Alguns deles morreram durante o período de trabalhos forçados, outros foram enviados à guerra, alguns fugiram. Décadas depois, Aloysio Silva rompeu o silêncio e deu seu depoimento ao pesquisador Sidney Aguilar Filho, na tese de doutorado "Educação, autoritarismo e eugenia: exploração do trabalho e violência à infância desamparada no Brasil, defendida na Universidade Estadual de Campinas - unicamp"

Leiam, é um excelente trabalho elaborado por esse historiador e pesquisador!

Prova como o ex-presidente Getúlio Vargas e seus assessores tinham relações, íntimas, com o regime nazista! O Brasil somente entrou na segunda guerra mundial, após ser invadido por submarinos alemães em nossa costa marítima, e, por pressão dos aliados, inclusive, os EUA! É por isto que, após o fim dessa guerra, nada ficou de herança para o Brasil , como, por exemplos, indenizações milionárias que o Estado Alemão paga até hoje, e, centenas de cientistas alemães que fizeram dos EUA; Europa, excetuando-se a Itália; potências tecnológicas! Aqui, herdamos os nossos "pracinhas", heróis nacionais , doentes e pobres!

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