segunda-feira, 18 de novembro de 2013

15 DE NOVEMBRO, DATA COMEMORATIVA A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL!



E, nessa comemoração não poderíamos deixar de homenagear UM DOS MAIS IMPORTANTES PERSONAGENS DESSE MOVIMENTO, QUE DEU A SUA VIDA, QUE QUASE FOI ASSASSINADO, QUE TEVE QUE FUGIR DO BRASIL PARA O CHILE, E, DE LÁ PARA LONDRES, O GRANDE BAIANO RUY BARBOSA, cuja biografia foi escrita por outro grande baiano, o ex-governador, ex-senador da república, representando a Bahia, LUIZ VIANA FILHO!
 
Antes de escrever um pouco sobre RUY BARBOSA, transcreverei o que o Dr. LUIZ VIANA FILHO pensava sobre a profissão de biógrafo, principalmente, pela polêmica que estamos lendo, assistindo e vendo sobre biografias AUTORIZADAS E NÃO AUTORIZADAS, envolvendo personagens do mundo artístico, como o Caetano Veloso, Roberto Carlos, Djavan, e, pasmem, uma mulher inexpressiva, que um único 'pré-requisito' foi ser amante do Caetano Veloso, uma tal de Paula Lavigne, que, se não fosse por essa união, já desfeita, na porrada, onde ela, inconformada, doidona, jogou o seu carro sobre a portaria do edifício onde o C.V. estava passando após a separação, quase matando pessoas que estava próximas a esse local, e , que, como todos os fatos policiais que envolvem pessoas poderosas, e ela é filha de um dos maiores advogados do Brasil, frequentadora da 'fina flor' da sociedade carioca, tudo foi esquecido, acho até que a sua ficha corrida na delegacia nem foi emitida , ou, se foi, devidamente 'arquivada' em uma lata de lixo! O que mais me indigna é saber que essa Paulo Lavigne, que até hoje não sei o que ela fez para a sociedade brasileira, repito-lhes, uma inexpressiva , 'filhinha de papai', que ficou um pouco conhecida por ter casado com esse 'machão' do Caetano Veloso, estar botando prá quebrar contra todos que são contra o movimento esse movimento, típico de regimes autoritários, onde ela e sua trupe desejam que toda a biografia SEJA AUTORIZADA PELO BIOGRAFADO, OU SEJA, SERÁ UMA BIOGRAFIA CHAPA BRANCA, onde somente sairá o que eles querem, como faziam e fazem os regimes ditatoriais, que eles tanto se diziam vítimas,  por exemplo, que não é verdade o que falam dela com uma atriz da globo; que não é verdade que Caetano já deu o seu 'patrimônio' (como dizem o baiano para quem dar o c...), que já fumou (?) maconha; que Roberto Carlos não possui uma perna, realmente, são ridículos! E vejam só: eu sei que milhares, como eu, jamais iriamos ler biografias dessa raça, para que ? Que importância possuem para a nossa história, excetuando-se como cantores e compositores, por sinal, preguiçosos, há anos sem fazerem nada, vivendo de direitos autorais, shows e propagandas!
 
Mas, vamos ao que nos interessa, o que nos disse o grande baiano Luiz Viana Filho: (....)para melhor se perceber a tarefa do biógrafo, ter-se--a de partir deste postulado: qualquer biografia jamais compreenderá a descrição completa, em toda a extensão da palavra, da vida de alguém. Seja por desconhecer grande parte dos fatos e sentimentos ligados à existência do biografado, seja por considerar inexpressivos muitos dos que tem ao alcance, nenhum biógrafo fixa sendo certos episódios e observações, que considera essenciais. E nessa escolha, inteiramente empírica, ele será o juiz. Poderá, como é óbvio, acertar, ou falhar. Contudo, por ela e pela maneira por que exponha o assunto, é que será avaliada a sua arte.
 
E é essa arte que diferencia um biógrafo de outro, pertençam ou não à mesma fase da biografia, pois a realidade é cada qual, apesar das semelhanças existentes entre alguns, possuir a sua maneira peculiar de tratar o assunto, expô-lo e comentá-lo. Que isso seja exato, uma ve que se torna irrealizável proceder ao estudo comparativo de todos os biógrafos, prova-o e simples confronto entre certos mestres do gênero.
 
Mas, a seguir, alguns trechos dessa excelente biografia desse baiano fantástico, um dos heróis nacionais que mais combateram a ESCRAVIDÃO, O IMPÉRIO, A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA, PARA, MESES DEPOIS, passar a ser o maior crítico dos dirigentes que assumiram esse novo regime, simplesmente, porque estavam indo de encontro a todo o movimento democrático para a mudança de regime neste Brasil, inclusive, quase foi assassinado, perseguido, chegando a fugir do Brasil, ficando longe da sua família, inclusive, quase se suicidou, onde passou um período no Chile, e, depois na Inglaterra, voltando anos depois quando todos que ele combatia foram expulsos do governo! Por sinal, esse fantástico baiano NUNCA FOI E É LEMBRADO PELOS NEGROS LIBERTADOS E SEUS DESCENDENTES, INCLUSIVE , O ESCONDEM DE QUALQUER HOMENAGEM, PREFERINDO O ZUMBI DO PALMARES, UMA FIGURA MITOLÓGICA QUE, SEGUNDO ARQUEÓLOGOS , HISTORIADORES E DEMAIS PESQUISADORES, NUNCA EXISTIU! É UMA LENDA! E Castro Alves, esse maravilhoso Poeta Baiano, que vivia dias e noites na Praça Castro Alves , escrevendo e recitando poemas sobre a miséria que era a escravidão, denunciando o Império por tudo que faziam contra os escravos, exigindo-lhes do governo que acabasse com essa chaga em nosso País, ou seja, era , juntamente com Ruy, os dois maiores expoentes contra a escravidão, também, esquecido de qualquer lembrança ou homenagem! Mas, voltamos ao texto do Dr. Luiz: No capítulo "XII DERROTAS", uma frase do Ruy: 'não me faz inveja dos que vêm representar a reação do escravismo' (março de 1885):
 
.........No Flamengo, enquanto Ruy vivia os momentos duma expectativa inquietante, ouvia-se o troar festivo dos canhões das fortalezas: era o natal do Imperador. Na véspera travara-se a batalha eleitoral, verdadeira luta entre abolicionistas e escravistas, mas somente dois dias depois ele soube ter sido derrotado (os escravistas tinham ganho com a permanência desse regime criminoso!). "Que crueldade', declarou Ruy ao ver o resultado final!
 
Quando do fim do Império e a implantação da República ele declarou, triunfalmente: "A República é um fato consumado. Devemos adotá-la e servi-la lealmente. Os defensores do Império, aquelas figuras que conhecemos chamadas de bajuladores do poder, assim que acabou esse regime, ele, mesmo sendo um dos maiores defensores do fim desse regime imperial, declarou: "Esquecera-se depressa de Pedro II"! E concluiu: "Era triste ver-se o Império tombar assim, entre a indiferença dos seus antigos servidores. Agora, quase todos se mostravam mais preocupados com os negócios da bolsa do que com a família imperial"!
 
Quando Ruy, convidado por um amigo, foi para a praia de Copacabana para acompanhar a comitiva de D.Pedro II e demais da corte extinta que iam deixando o Brasil, onde milhares de cariocas foram para esse evento, onde Ruy, triste, começou a chorar! O amigo, conhecedor da luta desse grande homem para derrubar esse regime, sem entender quase nada, o indagou: "Ruy, como é que você foi o que mais combateu esse regime, e, agora, chora pela saída deles?", e, Ruy, fantasticamente, como grande Estadista, o respondeu: "NÃO ESTOU CHORANDO PELO FIM DO REGIME IMPERIAL, MAS, SIM, PELO GRANDE HOMEM QUE FOI D.PEDRO II"!
 
D. Pedro II, amava tanto o Brasil que, anos após se exilar em Paris, França, já muito doente, pediu que a sua cabeça repousasse sobre um punhado de terra vinda do Brasil!
 
Mas, infelizmente, até hoje, apesar de consolidado, vimos a república cambaleando, tudo por maus gestores públicos, aproveitadores, que pensam que a república é deles e não do povo brasileiro!
 
Em tempo: leiam a edição da biografia de Ruy feita por Luiz Vianna Filho, a mais atualizada, de excelente qualidade, preparada e editada pelo GRUPO EDITORIAL DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DA BAHIA, cujo responsável técnico é o Dr. Luís Guilherme Pontes Tavares e sua equipe, onde eu, com muito orgulho, faço parte, formado pela Ufba em Jornalista, e, doutorado em Editoração pela USP de São Paulo, talvez, um dos mais competentes profissionais dessa área do Brasil!
 
 

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