sexta-feira, 1 de novembro de 2013

"A FILHA FAVORITA"



No caderno de 'FIM DE SEMANA" do Jornal Valor Econômico,  dos dias 18, 19 e 20 de outubro deste ano, uma excelente entrevista com a PRIMEIRA MULHER CANDIDATA À PRESIDÊNCIA DO AFEGANISTÃO, FAWZIA KOOFI TEVE UMA VIDA MARCADA POR TRAGÉDIAS E SUPERAÇÕES, segundo a jornalista Carla Rodrigues, do Rio de Janeiro para esse Jornal:

"A sociedade tradicional organiza os diferentes aspectos da vida em obediência a valores religiosos ou míticos que ordenam o funcionamento da comunidade. Já nas sociedades modernas, que exigem a convivência entre visões plurais do mundo, torna-se impossível manter a ordem social pela tradição. A passagem da sociedade tradicional para a sociedade moderna ocidental costuma ser pensada como um passo importante em direção ao progresso, à razão e às luzes. É essa passagem que a parlamentar afegã Fawzia Koofi, de 38 anos, vem testemunhando no curto espaço de tempo que separa seu nascimento, no vale de Koof, interior do Afeganistão, até o lançamento de sua candidatura à Presidente do país, em 2014.
 
Quando nasceu, a ordem tradicional da sociedade afegã aceitava com naturalidade que sua mãe - uma das sete mulheres de seu pai - a abandonasse um dia inteiro ao sol para morrer pelo simples fato de ser do sexo feminino, por ser 'kudhtarak', termo depreciativo que significa 'menos que uma menina'. Hoje, é presidente do parlamento afegão e herdeira do legado político deixado pelo seu pai e por seu avô, ambos lideranças na comunidade rural onde ela cresceu vendo as mulheres da família apanharem.
 
"ESPANCAR UMA MULHER ERA NORMAL, ERA PARTE DO CASAMENTO. AS MENINAS CRESCIAM SABENDO QUE ISSO TINHA ACONTECIDO COM SUAS MÃES E AVÓS E ESPERAVAM QUE ISSO FOSSE ACONTECER COM ELAS", lembra Fawzia em seu segundo livro. O título "A FILHA FAVORITA", lançamento da editora Objetiva no Brasil, um dos dez países em que está traduzido, é uma referência ao primeiro episódio marcante de sua trajetória: assim que nasceu, foi deixada durante 12 hras ao sol, de onde saiu no fim do dia com queimaduras na pele de recém-nascida e marcada pela tradição de rejeição às mulheres. Por ter sobrevivio, Fawzia se transformou na filha favorita, naquela por quem sua mãe lutou para proporcionar tudo aquilo que ela mesma não pudera ter: educação formal, ensino de inglês e até um casamento que, embora arranjado entre as famílias, era da preferência da filha.
 
Ao lado do relato dramático que faz à jornalista Nadene Ghouri, Fawzia pontua o texto autobiográfico com cartas escritas às duas filhas, correspondência que faz parte de sua intensa rotina de trabalho. Ela tenta explicar a duas crianças como era sua infância nos jardins verde de Koofi antes do assassinato político de seu pai, que obrigou a família a fugir e impôs a Fawzia um longo percurso de vida marcado pela violência da guerra civil, que compreende um período histórico do Afeganistão marcado pelo teror imposto pelo Talibã.
 
Grande parte desse livro ela tenta mostrar a diferença entre o ISLAMISMO TRADICIONAL E O TOTALITARISMO DO TALIBÃ, QUE IMPÔS AO Afeganistão UM REGIME DE PROIBIÇÕES E PREJUDICOU PIRNCIPALMENTE AS MULHERES.
 
FAWZIA VIVE EM CABUL, ONDE , ANTES DE SER ELEITA, TRABALHOU NO UNICEF COMO OFICIAL DE PROTEÇÃO À CRIANÇA.
 
Ela, há anos, vem sendo ameaçada de morte, apesar dos seus pensamentos liberais, inclusive, com palavras de compreensão para os que aderiram ao Talibã, principalmente aos que foram pela força! Portanto, leiam esse maravilhoso livro onde já o estou fazendo!
 
Essa é minha: Uma das melhores médicas do Afeganistão, famosa em todo o Oriente Médio, inclusive, chamada para atendimentos médicos de emergência em toda a Europa, assim que os Talibãs, verdadeiros criminosos da era da pedra lascada, assaltou o poder desse País, na força, através de mortes, prisões e expulsões, inclusive, serviram de berço para o Bin Laden e sua tropa de assassinos, ELA FOI PRESA, COMO TODAS AS MULHERES QUE EXERCIAM CARGOS IMPORTANTES NESSE PAIS, meses depois liberadas, onde foram proibidas, como todas as demais mulheres, até meninas, de saírem as ruas, onde não podiam chegar nem nas janelas das suas casas! Anos depois, elas foram liberadas a saírem para fora das suas casas, desde que somente ficassem com os olhos descobertos! Voltando a essa médica, um dia, um alto dirigente desses cães assassinos, sofreu um sério problema médico, onde essa profissional era uma das melhores do mundo, e ai ela foi , 'presa', para o hospital onde estava esse cão, e, lá, ficando em uma sala ao lado da UTI, onde os médicos (homens, claro) ficavam com o 'paciente', transmitindo-lhe os problemas e ela, sem vê-lo ou tocá-lo, transmitia o que deveria ser feito! Até na cirurgia ela orientou como deveriam agir. E o mais grave: todos os momentos viam recados para ela dizendo-lhe que se o cão morresse ela seria condenada à morte! Deus a protegeu, e, como um Ser Divino, também, o livrou da morte, somente que, nesse caso, ele ficou para vê o seu fim e do seus cães! Anos e anos depois foi morto ao receber um foguete, disparado por um drone americano, que o transformou em vários pedacinhos! Os homens, todos, eram obrigados a criarem as suas barbas , cujo comprimento teria que ficar abaixo do umbigo!
 
Esses loucos talibãs , cuja filha do fundador desse movimento louco, que se diz praticado baseado nos princípios islâmicos, uma grande mentira, pois, nada que fazem encontramos nos seus fundamentos, por sinal, uma religião fantástica, que prega o bem e a solidariedade, 'CASOU-SE' COM O BIN LADEN, uma das suas mulheres encontradas no esconderijo que o levou para o inferno! Na época ela tinha 15 anos e esse assassino ditador 55! PARA A NOSSA FELICIDADE ELA É UMA DAS SUAS VIÚVAS!
 
Se gostaram, comprem o seu livro "A FILHA FAVORITA", de Fawzia Koofi com Nadene Ghouri. Tradução: Camila Mello. Objetiva, 276 páginas. R$39,39. Só não me mandem a conta para  pagar-lhes! CHEGA DE EXPLORAÇÃO DOS GOVERNOS, ONDE NÃO MAIS AGUENTAMOS, E, AINDA TERMOS DOS AMIGOS, COLEGAS E COMPANHEIROS, AI, É..... DE...MAIS!

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