Mas, vejam esta manchete: "RECORDE DE RECALLS EM 2013", publicado no jornal O GLOBO, de 29 de dezembro de 2013!
E continua essa reportagem: "Fornecedores fizeram 102 chamamentos este ano, o maior número da história"
Previsto no Código do Consumidor (CDC) para casos em que o fornecedor identifica problemas em produtos e serviços que causam risco à saúde e segurança do usuário, a convocação de recalls bateu recorde no país este ano, pela primeira vez chegou a casa de uma centena. Até o último dia 10, fornecedores já haviam feito 102 chamamentos para a correção de defeitos, mais que o triplo registrado em 2003 (33), quando do início do banco de dados pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, com um aumento de 57% sobre o ano passado (65 convocações).
Vejam, a seguir, os campões de consertos:
. automóveis - 58
Motocicletas - 14
saúde - 6
móveis - 5
Alimentos - 4
Brinquedos - 4
Produtos infantis - 4
Peças e componentes mecânicos - 2
Eletroeletrônicos - 2
Agora é minha: por que tantos recalls? Porque o processo industrial dito 'moderno' não mais faz testes por amostragem antes de lançarem ao mercado. Há mais de dez anos acabaram-se os campos de provas da indústria automobilística no Brasil, onde se pegavam um lote, de cada linha de produção, e esses veículos passavam dias e dias rodando, em várias condições de estradas. Esse campo de prova passou a ser as nossas vias urbanas, estradas, etc., o principal fator de desastre! Segundo dados da Policia Rodoviária do Estado de São Paulo, quase 80% dos acidentes são gerados por defeitos de peças, e, os demais por erros de condução, estradas, etc..
Lembro-me de uma ação jurídica entre a Ford americana e a fábrica de pneus que fornecia pneus para os seus novos veículos, onde se identificou que a caminhonete ford rangel , em menos de um ano de fabricada, já tinha sido envolvida em acidentes, com mortes, em mais de cinquenta vezes! Os órgãos de defesa de proteção desse país ficaram assustados, principalmente, pela anormalidade de tantos acidentes com o mesmo modelo, e, depois de mais de um ano de pesquisas, chegaram a conclusão que o problema não era do veículo, e, sim, do fabricante de pneu, que, condenado, pagou milhares e milhares de dólares em indenizações as famílias vitimadas! Pergunto-lhes, quantos milhares de acidentes aconteceram com defeitos de veículos, sem nenhuma análise, por exemplo, na minha concepção, havendo um acidente, mesmo sem mortes, o Ministério da Justiça deveria abrir processo para identificarem os responsáveis!
Vejo os AVISOS DE RECALL, pela televisão ou pelos jornais e revistas, onde, pela tv, passam em uma velocidade tão grande, quase igual a da fórmula I, tornando impossível a leitura da chamada; nos jornais e revistas, se não tivermos uma LUPA, dificilmente, teremos condições de lê-los! Em uma recente pesquisa de um Órgão de Defesa do Consumidor, menos de VINTE POR CENTO DOS CONVOCADOS COMPARECEM, FICANDO OITENTA POR CENTO COMO BOMBAS PERIGOSAS PARA EXPLODIREM EM QUALQUER MOMENTO NAS ESTRADAS E VIAS DAS CIDADES! E desses 20% que comparecem são quase todos de Empresas Transportadoras, pois, os autônomos, que viajam dia e noite para pagarem seus compromissos, sem tempo para nada, como poderão lê jornais, revistas e televisões?
O certo era a polícia federal, em todos os postos, além dos órgãos de trânsitos das cidades, ficarem com listas onde esses veículos ficariam, automaticamente, detidos nesses postos, até serem rebocados para as oficinas especializadas! Quantos já morreram e não tomaram conhecimento de que os seus veículos estavam na lista do RECALL!
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