Em 30 de janeiro de 1869, era publicada a primeira história em quadrinhos no Brasil, cujo autor foi o italiano radicado neste País chamado Angelo Agostini, nascido em 1843 e falecido em 1920! Ele, também, foi autor do "Zé Caipora (1883) que foi publicado na revista Vida Fluminense, além de outros, como o Malho e Dom Quixote.
Havia um jornal - O CABRIÃO - que foi o primeiro periódico brasileiro a utilizar a caricatura como forma de sátira política! Para condenar a incompetência dos dirigentes municipais da cidade de Itú para combater um grande incêndio naquele ano, ele, de forma fantástica, fez diversas caricaturas dos personagens , e, a partir dai virou um sucesso extraordinário, até hoje! Como adoro as caricaturas, principalmente, as charges, onde, com um simples desenho, o chargista diz tudo, ou melhor, o que um 'literato' levaria mais de trinta páginas de um texto para falar algo, eles, com um simples desenho, diz tudo!
Esse episódio sobre o incêndio foi denominado de NHÔ-QUIM, onde contava a história de um caipira , de 20 anos de idade, que visitava a Corte Portuguesa no Estado do Rio de janeiro!
Em 1837, circulou o primeiro desenho em formato de charge, de autoria de Manuel de Araújo orto-Alegre, que era vendido em papel avulso! Portanto, essa publicação, mesmo avulsa, pode ser considerada a primeira historinha em quadrinhos no Brasil, pois, a do Angelo Agostini foi em jornal!
No século XX tivemos o famoso Tico-Tico (1905 a 1957), um dos que mais duraram na nossa história, onde foi publicado através da revista TICO-TICO, que, segundo a história, foi a primeira revista desse segmento deste País! O TICO-TICO teve o formato e redação do famoso jornalista J.Carlos, Max Yantok e Alfredo Storni
E diversas outras surgiram, inclusive, de personagens do cinema, como: ZORRO; MULHER MARAVILHA; TARZAN, JANE E CHITA (macaca); SUPERHOMEM; e outras e outras que fizeram as nossas festas de crianças e de adolescentes!
Tenho até uma historinha: morando em Feira de Santana, com os meus cinco a doze anos, tinha várias coleções de revistas, principalmente, do faroeste americano, onde eles eram os artistas, e, os bandidos eram mexicanos! Um dia, brincando de rolar uma roda, do tamanho de uma de bicicleta, perdi o controle, em uma ladeira, e essa roda desceu, com velocidade, atropelando mais de dez patos, vejam o que estou dizendo, patinhos, e, o mais grave, pertencentes a uma família cigana! Corri, depois de vê a 'catástrofe' e fui para a minha casa sem dizer nada aos meus país e irmãos! No dia seguinte, ao ir para a Escola, no caminho, estava lá o dono dos patinhos - o cigano, velho, carrancudo e bruto como quase todos dessa raça! E , simplesmente, já foi logo triscando os dedos como identificando 'quero dinheiro', e, eu, criança , sem entender desses sinais, perguntei-lhe: 'O Senhor quer dizer alguma coisa?", e ele: "Não, quero que você me pague dez filhotes de pato, mortos pelo seu brinquedo! Eu, pálido, o respondi: "Foi sem querer!"; "Claro, eu não estou dizendo que foi sua culpa, mas, não quero choro, quero que me pague, ou então, irei falar com os seus pais"! Disse-lhe que era estudante, que não trabalhava, etc., e ai, não sei como, ele me disse: "Passe-me toda a sua coleção de ZORRO, acho que são 50 revistas, e ai tudo estará pago!". Ah, que decepção! Adorava a minha coleção, toda arrumadinha! Mas, com receio dos meus pais tomarem conhecimento, simplesmente, entreguei-lhe as 50 revistas, onde, até hoje, choro! Mas, antes, o perguntei: "Como o senhor sabia que eu tinha essa coleção? "Meu filho, várias vezes o propôs compra-la, e, você , simplesmente, o dizia: NEM PENSAR"! Dai em diante nunca mais fiz coleção de nada! Virou trauma de infância!
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