segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

QUEM NÃO SE LEMBRA , AINDA VIVO, SEM PATROCINADORES, DOS BLOCOS DE MARCHINHAS DA BAHIA, COMO O FANTÁSTICO JACÚ, O PRIMEIRO E ÚNICO SEM CORDAS, COM MÚSICAS LINDAS DO WALTINHO QUEIROZ, COM PARTICIPAÇÃO DIRETA DO SEU AMIGO E ASSESSOR DESSE BLOCO, SÉRGIO BEZERRA!



Com a banda de um Maestro, fantástico, mas, o tempo me fez esquecer do seu nome, saiamos da barra até a praça Castro Alves, com toda a juventude daquela época! Com mortalha ou sem mortalha se brincava no Jacu! Que saudades! Também, tinha o BLOCO AMIGO DO BARÃO, que adorava imitar o Jacu, mas, havia uma diferença, total, entre os dois: o segundo foi criado pela elite irresponsável da Barra, saindo do baiano de thenis, onde se julgavam os DONOS DA BAHIA! Pegaram o nome de um pobre e querido rapaz, o BARÃO, e saíram pelas ruas, sem cordas! Mas, a juventude bonita, intelectuais, universitários, queriam mesmo era sai no JACU! O Barão acabou pela sua incompetência e incoerência, mas o Jacu foi sufocado pelos sons dos trios elétricos que inviabilizaram as orquestras, bandas que tocavam no solo das avenidas, onde os poderes públicos estadual e municipal nada faziam contra esse absurdo, ou melhor, incentivavam o seu fim! Mas, não conseguiram tirar o Jacu da nossa memória! Além desses dois blocos, tínhamos outros, como: OS FILHOS DO TORORÓ, esse com composições e músicas maravilhosas, mas, no seu meio grupos de pessoas terríveis, agressivos, que andavam com uma tal machadinha, criando brigas e mais brigas, onde se julgavam poderosos, levando muita gente ferida para os hospitais! Filhos de Ghandy, até hoje, fantástico, apesar da imbecilidade de somente aceitar homens, também, dentro do seu meio grupos de agressivos que atacavam mulheres, não importando que tivessem acompanhadas, para beija-las, pasmem, na boca, e ai o pau comia! E o mais grave, uns caras horríveis, sem dentes, fedorentos, que botavam pra quebrar, mesmo com tanta gente boa, como o cantor Gilberto Gil, sempre, Caetano Veloso, de vez em quando para aparecer, e, claro, acompanhado de tantos homens! e, por fim, um dos mais fantásticos da história do carnaval da Bahia, o CADA ANO SAI PIOR, excelente, com criticas terríveis contra políticos, até mesmo contra militares, em plena revolução militar, onde nunca se esconderam como muitos! Por sinal, a única queixa que eu tenho desse bloco não é contra seus dirigentes, mas, sim, contra um JEGUE, esse sim, não o perdoou, quando deixou o ex-prefeito João Henrique monta-lo, onde todos torciam para que esse jumento o jogasse fora! Mas, como lhes prometi, vamos a três textos sobre carnaval, nos três próximos a seguir:
 
COISAS DO CARNAVAL, com o compositor Ary Barroso:
 
"Eu encontrei uma baiana branca
De braço com um palhaço, lá na Galeria
Eu vi uma holandesa que era uma beleza
Sambando com um careca tipo carestia
Fazendo chope duplo na barraca
Eu vi uma tuiana mesmo da fuzarca
Tendo por companheiro um velho gateiro
Breve contra a folia
Passou por mim uma cigana rara
Que era um desafio ao meu comportamento
Adiante se encontraram ela e o complemento
Ele fantasiado com jeitão de arara
o que me fez vir água na boca
Foi essa coisa louca que passou a contar
eu vi um morenão ali no Serrador
Um charme, um amor
A tar morena era um desacato
"it" ali era mato
Pulava, sambava, gingava e desacatava
Quando falei com ela
Meu Deus, que decepção
A tal morena se denominava
O que?
Quincas Peroba Xisto d'Assunção'
 
Essa é minha: tive um colega que pegou, em um dos carnavais, uma 'Quincas Peroba Xisto d'Assunção': brincou o primeiro dia de carnaval, da barra a praça castro Alves, todo empolgado, 'ela' um mulherão, ele todo feliz, se cartando; sempre a convidando para ir ao seu apartamento, alugado com mais uns cinco colegas, para 'fazerem amor', e ela se negando! Ele, inconformado, a convidou para tomar uma cervejinha no seu apartamento, e 'ela' aceitou; lá, já tomando algumas, arrastou-lhe para a cama, e, ao puxar a fantasia 'dela', ah, que decepção: a 'porra' do viado tava lá, toda amarrada para enganar aos trouxas! (naquela época, ser gay era terrível, e fazer transplante de p....para b...., era impossível!). Eu sempre advertia aos amigos e conhecidos: NÃO BEIJEM E NEM PAQUEREM  MASCARADOS, POIS, O BURACO É MAIS EMBAIXO!

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