O seu tema da última quinta-feira foi com o uso de SMS dos País para se comunicarem com os seus filhos, pasmem, eles estando em casa, o casal em um quarto e eles em outros, pois, 'os pais não querem ter o trabalho de se levantarem da cama para ir aos quartos dos mesmos', ou seja, segundo essa Psicóloga isto é uma forma da péssima convivência familiar, mostrando a falta de diálogo, de amor, de fugir dos problemas, etc., etc.! Ela defende, ainda, o velho e tradicional 'bilhetinho', onde a criança, até o adolescente, se sentirão mais próximos aos Pais, ou seja, com esse pequeno pedaço de papel significará para eles a presença física dos seus País! Ela somente admite o SMS se, por acaso, os pais estiverem viajando ou impossibilitados de se falarem por telefone! Lá em casa, desde criancinhas, esse método de bilhetinho já existia, inclusive, por não existir a internet, mas, mesmo agora, já na fase adultas, nós continuamos com essa formula, mesmo recebendo em troca, depois, o bilhete sobre a mesa, intacto, sem nenhum sinal que receberam ou leram, onde somente descobrimos quando a tarefa foi realizada! Mas, pelo menos leram!
Vejam, a seguir , o protesto feito por RAUL SEIXAS, esse fantástico compositor baiano, poeta nacional, sobre um grande erro de nós, pais, ainda hoje, ONDE QUEREMOS IMPOR O QUE DESEJAMOS PARA OS NOSSOS FILHOS, ao invés de orienta-los, mostrando-lhes o que é bom e o que é ruim:
"SAPATO 36"
EU CALÇO É 37
Meu Pai me dá 36
Dói, mas no dia seguinte
Aperto meu pé outra vez
Eu aperto meu pé outra vez.
Pai eu já tô crescidinho
Pague pra ver, que eu aposto
Vou escolher meu sapato
E andar do jeito que eu gosto
E andar do jeito que eu gosto
Por que cargas d'aguas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
MEU PAI
MEU PAI
Pai já tô indo-me embora
Quero partir sem brigar
Pois eu já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar
Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar todo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai
Pai já tô indo-me embora
Eu quero partir sem brigar
Já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar (Êêêê)
Que não vai mais me apertar (Aaaa)
Que não vai mais me apertar (Êêêê).
Em tempo: meu Pai era uma fantástica pessoa, um AMIGO DE FÉ, mas, tinha um defeito como o Pai do Raul: exigia de nós irmãos, três homens, que fôssemos com ele para uma 'barbearia', em minha cidade querida de Feira de Santana, e, lá mandava o 'barbeiro' lascar o pau nas nossas 'cabeleiras', com máquina ZERO, onde somente ficava um 'pipão' caindo pela testa! Era 'um sucesso' os três, com a cabeça raspada até o couro da cabeça, que ficava cinza de tanto o cara raspa-la, voltávamos para a Casa, feliz da vida, achando que tudo estava lindo! Quando vejo uma foto daquela época, claro, dou rizada, mas, no fundo........., muita 'imposição', até para cortar o cabelo! Realmente, naquela época, 1960 a 70, quem criasse cabelo grande 'tinha tendência a ser viado' (gay é coisa moderna!)!
Por exemplo, hoje, vejo a luta dos pais em desejarem que seus filhos sejam o que eles gostariam que se formassem, ou porque eles são daquelas profissões! E forçam para que os seus filhos, também, se formem nelas! Resultado: uma catástrofe de profissionais que serão, além do fato de fazerem o que não desejar, criando-se traumas terríveis! Quantas vezes ouvimos casos de jovens já no final do seu curso universitário, e, de um momento para outro, passarem para outro, totalmente diferente do que estavam estudando! Ou seja, eles decidiram, por conta própria, as suas profissões e não a imposição dos seus pais!
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