terça-feira, 22 de abril de 2014

VEJAM O QUE É A NOSSA JUSTIÇA, VEJAM OS HOMENS QUE A REPRESENTAM, CLARO, COM POUCAS EXCEÇÕES, CONFORME NOS DISSE A EXCELENTE MINISTRA, FUTURA SENADORA DA BAHIA, ELIANA CALMON:



Amanhã, no primeiro dia da semana de funcionamento o pleno do STF (Ah, que emprego bom onde se trabalha tão pouco parecendo que a justiça brasileira está uma beleza!), julgará um processo originário do tribunal de justiça do Rio de Janeiro, onde um Juiz se sentiu ofendido por um porteiro do seu edifício ao não chama-lo de DOUTOR, como exigia, e, sim SENHOR! O funcionário alegou que o edifício possuía inúmeros profissionais de nível superior, como: engenheiros; administradores; economistas; médicos; etc. e nenhum deles exigia esse tratamento! O 'magistrado' fez queixa ao Sr. Síndico e esse concordou com o comportamento, decente e respeitoso, do Porteiro; levou o caso para à assembleia geral do Condomínio que, também, ratificou a decisão do Síndico e do porteiro! O 'magistrado', inconformado, apelou para o STJ e perdeu; agora, para o STF que julgará amanha! Realmente, minha gente, é um ASSUNTO DE TAMANHA 'IMPORTANCIA' PARA O BRASIL, E, CONSEQUENTEMENTE PARA TODOS NÓS BRASILEIROS! Como é que um Juiz de direito, essa 'autoridade fantástica', tão sacaneados que foram por Dra. Eliana Calmon, que os chamou, com poucas exceções, segundo ela, JUIZES que usavam tolgas para esconderem as suas maracutaias, agora, deseja ser chamado de DOUTOR!
 
Esse 'processo', de 'tamanha importância' pra todos nós, já corre há mais de dez anos! Lembro-me de ter lido em uma coluna social, não sei se foi no jornal O Globo, de Ancelmo Góis, esse excelente jornalista, a seguinte história sobre esse fato:
 
. apareceu nesse condomínio um cachorro VIRA-LATA, manso, bonito, que, de imediato, foi adotado por todos os condôminos, especialmente, as crianças! Por ele ser 'indisciplinado', andava em todos os andares, além de entrar em todos os apartamentos que as portas estivessem abertas; não respeitava nenhuma ordem de não entrar no 'elevador social', aquele especializado em receber DONDOCAS E DONDOCOS, e, sim no 'elevador de serviço', onde entram empregados dos apartamentos; e outros serventes, também, cachorros, gatos, etc., etc. Mas, o amor era tão grande com esse cachorro que, mesmo os outros animais serem obrigados a circularem no de 'serviço', nenhum condômino protestava! VIROU O MASCOTE DO CONDOMÍNIO! Um dia, esse 'juiz', ao entrar no edifício, claro, sem cumprimentar o porteiro como era do seu costume, ouviu esse funcionário gritar: 'DOUTOR, PARA DE CAGAR AI'! Pronto! A merda tava feita! O 'magistrado', irritado, virou para o pobre funcionário e o perguntou: "QUEM É ESSE DOUTOR QUE VOCÊ FALOU AGORA?", e o porteiro, na maior inocência o respondeu: 'O CACHORRO"! Ah, a bomba estava ligada para explodir no pobre funcionário! Primeiro ele exigiu da gestão do condomínio a expulsão, sumária, do pobre cachorro; voto vencido, por quase unanimidade, onde somente ele, o juiz, votou a favor; depois pediu que fosse tratado de DOUTOR E NÃO POR SENHOR, sendo derrotado, conforme acima explicado. Agora, ele apela para o STF! É ou não é uma piada?
 
Mas, aproveitando essa história, lembro-me de mais duas desse povo, maravilhoso, curtidor que é o carioca (somente não o chame para pagar conta em um bar!):
 
. Um morador, irritado com o síndico, o chamou de gay; o pau comeu, e ai, o síndico ofendido levou o problema para a justiça; lá, o advogado do agressor, respondendo ao advogado do ofendido para que o seu cliente provasse que ele era gay, respondeu: 'peço a V.Excia. que mande realizar uma perícia no ânus do síndico', e ai, o que vocês fariam? Se não fosse a barra pesaria; se fosse, que constrangimento! Chegar em um órgão oficial de realização de perícia médica e se apresentar para fazer perícia no ânus! A família do ofendido não sabia o que fazer! Resultado: não fizeram, o caso foi encerrado, mas, a dúvida.......
 
. O grande ex-Senador da República pelo Rio de Janeiro, o extraordinário educador Darcy Ribeiro, morador em um luxuoso edifício em Ipanema, um dia, domingo, lá para as 20 horas, recebeu um telefonema do porteiro dizendo-lhe que um 'seu admirador e eleitor' estava na portaria e queria falar-lhe no apartamento', e, ele, perguntando o nome, viu que se tratava de um eleitor da zona rural desse Estado; autorizou e lá a surpresa: o eleitor, feliz por ter tido um caso resolvido pelo Senador, deu-lhe de presente um GALO, VIVO, DAQUELES GRANDÕES, QUASE DE BRIGA! O Senador quase desmaiou! Como ficaria com um animal dentro do apartamento e os problemas que criaria com os vizinhos! Deixou passar das 24 horas, onde todos já estavam dormindo, desceu as escadas do edifício, e, lá combinou com o porteiro para amarrar o galo em uma árvore do jardim, e, no outro dia, ao ser perguntado jamais dizer que foi o senador que fez aquilo, apenas dizer que nada viu! No dia seguinte, 6 horas da manhã, já pronto para viajar para Brasília, viu toda a confusão na portaria, onde o pobre do porteiro estava sendo quase lixado! Muitos pediam a sua cabeça por não ter visto a colocação do galo, onde uns diziam: ' se não viu o galo, como viria um ladrão? Ele estava era dormindo, esse irresponsável"; Outros queriam que o demitissem! E ai, o senador, constrangido, se julgando culpado, com pena do pobre homem, pediu a palavra e disse a todos: "calma, compreendam esse rapaz; não é fácil passar a noite toda sem tirar uma só soneca; talvez, nesse intervalo, um sabido colocou o bichinho ai; quem sabe se não é para dá sorte a todos nós? Mas, eu os prometo que, na sexta-feira, ao voltar de Brasília, o levarei para o meu sítio' E todos concordaram, além de salvar o emprego do pobre porteiro; na sexta-feira, o senador , preocupado, perguntou ao porteiro: 'e ai, como está a barra sua e do galo?' E ele: 'a minha não tá boa não, doutor, pois, estão achando que eu dormi em serviço, que fui irresponsável, mas a do galo tá uma beleza: é tão amado por todos que não fica um só minuto aqui em baixo, já virou MASCOTE DO EDIFICIO! O Senador, rindo, ligou para a síndica e essa o disse: "Senador, nem pensar em levar o galo; ele é o nosso mascote; todos o querem aqui; alegam que o seu cantar, pela manhã, substituiu os chatos despertadores, e, outros, alegam que se sentem na vida rural como os seus cantos". O Senador, em um dos seus fantásticos livros, nos conta esse caso, para nos dizer que precisamos ter moderação e compaixão, principalmente, nos momentos difíceis, pois, se não for assim, todos morremos em um tacho, como estava condenado o pobre galo!

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