É um fantástico licro, humorístico, desse excelente jornalista, onde transcreverei alguns trechos:
No primeiro capítulo, ele começa assim:
"Quando o primeiro JEGUE apareceu morto com um tiro na testa, não se imaginou que aquilo pudesse provocar tantas consequências. À princípio, o caso não chamara a atenção de ninguém. No entanto, com o passar dos dias e o desenrolar dos fatos, a população percebeu que algo muito estranho estava acontecendo em Santana das Pedras. Nem bem amanhecia, dezenas de jumentos eram "modus operandis". Um tiro à queima-roupa na testa do animal.
Santana das Pedras é um lugarejo bucólico, perdido na beira de um rio e ao pé de uma serra lá no fundo do sertão. Um recanto modesto, de gente humilde, religiosa e hospitaleira. Lá as pessoas só morriam de velhice ou doença. Crimes, acidentes de trânsito, assaltos, sequestros, estas coisas tão comuns nas cidades grandes, por aquelas bandas raramente aconteciam. Não é de se admirar que num lugar assim, ASSASSINATOS DE JEGUES SE TRANSFORMASSEM NO PRINCIPAL ASSUNTO DE TODAS AS CONVERSAS E PROVOCASSEM DESDOBRAMENTOS SURPREENDENTES.
Para se ter uma ideia da periculosidade do matador, enqunto se desenrolava à introdução desta sage mais dez jegues aparecem mortos em um terreno cheio de cupins lá pras bandas do Riacho Seco. O que prentendia o tal sujeito com aquele comportamento macabro? O que haveria por trás daquela carnificina? Por que os JUMENTOS DE SANTANA DAS PEDRAS, DE UMA HORA PARA OUTRA, ESTAVAM SENDO DIZIMADOS?
O assasino deixa o cadáver do jegue para todo mundo ver, se ele desse sumiço ao corpo do animal, aposto que o povo já estaria me apontando como suspeito de matar os JUMENTOS E VENDER COMO SE FOSSE CARNE DE BOI. Deus me defenda de uma coisa desta! Seu Milton pesou cuidadosmanete a carne, entregou a freguesa, colocou os cotovelos sobre o balcão, espantou as moscas e tornou a falar:"olhe e comprove. É carne de gado mesmo, não é de jumento não! Não tenho nada a ver com esta crueldade que estão praticando com esses pobres bichos inocentes" (essa é minha: nessa história, engraçadissima, a população , parte, claro, começou a dizer que ele estava comercializando CARNE DE JEGUE!).
A população já não aguentava, toda a semana, com a matança de jegues. E continua esse extraordinário texto: "....e chegou ao plenário da Câmara de Vereadores": "Senhor Presidente, Senhores vereadores, o povo de nossa cidade está assombrado com os assassinatos dos jegues. O número de jumentos mortos aumenta a cada dia e o prefeito não toma nenhuma atitude,..." e, continuou o seu magistral discurso: "se o prefeito desejasse poderia criar uma nova modalidade de turismo, ou seja, oTURISMO JEGUEIRO AUTO-SUSTENTÁVEL, aproveitando a grande quantidade de jegues deste Município, e não ficar indiferente a essa carnificina"! E, o lider do prefeito, em uma parte, declarou: "....atração turística com jegue? Jegue atração turística? ....Onde já se viu? Eu pergunto aos senhores que estão na plateia: quem é o louco capaz de gastar seu dinheirinho para sair de longe e vir aqui ver um desinfeliz de um jumento? e continuou: "JUMENTO E MULÉ FEIA SÃO OS BICHOS QUE MAIS TEM NO MUNDO, TEM EM QUALQUER LUGAR, e, concluiu: Ontem, saiu no Fantástico, que no interior do Brasil tão vendendo jegue por um real e ninguem quer, e, como esse nobre colega da oposição deseja sugerir turismo jegueiro?" (ESSA É MINHA: a juventude rural, como, também, trabalhadores, estão trocando a montaria por motos, e, jogando jegues nas estradas, pois, nem os fazendeiros os querem mais, dizem, por comerem demais e produzerem de menos!).
É um dos melhores livros, humoristicos, que já li! Como dei rizadas! Mas, para concluir este texto sobre esse bíblico animal, preguiçoso como só êle é, onde, somente JESUS CRISTO AGUENTOU, COM AQUELA PACIÊNCIA, MONTÁ-LO, passo-lhes outra pequena parte desse livro:
"NA FUNERÁRIA"
Chico-Quero-Quero, assessor do prefeito, vai à funerária para buscar o caixão no qual pretendia enterrar o JEGUE TERTULIANO, recentemente,assassinado, por ordem do prefeito, e foi, direto ao balcão conversar com o vendedor:
. Vim aqui buscar um caixão de defunto. Foi o prefeito que artorizou. Tá aqui a ordem dele;
. Olhe aquele caixão ali, veja se está do jeito que o senhor quer...
. Aquele num selve, é muito pequeno.
O rapaz anda acompanhado de Chico, por entre as fileiras de caixões e vai mostrando um por um.
. E aquel outro?
. Também não selve.
. Veja aquele...é bem maior e mais confortável.
.Também não selve.
. Mas é o maior que temos!...
. Mas não cabe o defunto - respondeu Chico com irritação.
. O cidadão que vai ser enterrado tem quantos metros?
. Não sei moço, nunca medi, só sei que este caixão não dá pra ele.
. Como é o nome dele?
. Tertuliano
. Tertuliano de que?
. Num sei moço, nunca ouvi dizer que JEGUE TEM SOBRENOME.
O funcionario olha perplexo
. JEGUE? É verdade o que o senhor está me dizendo? O caixão é para enterrar JEGUE?
.Chico explode de vez:
. Olhe para minha cara moço e vê se eu lá sou homem de andar com mentira. Eu fui pedir ao prefeito um caixão de defunto e como ele é um homem bom e caridoso, me autorizou a pegar o caixão para dar um enterro dígno ao meu jegue.
E o vendedor:
É a primeira vez que eu vejo um prefeito dar um caixão de defunto par enterrar um JUMENTO. Político quando chega perto de eleição faz cada coisa que contando ninguém acredita".
E o caixão foi feito, tamanho gigante, para a colocação do JUMENTO, tudo pago pelo POVO DESSA CIDADE, como sempre fazem conosco em todo o Brasil, especialmente, Brasília! Em me lembrei dessa história, fantástica, quando assistir, hoje, pela Bandnewstv, o KASSAB INAUGURANDO PONTOS DE ÔNIBUS PARA JUMENTOS FICAREM, AH, DESCULPEM-ME, POPULAÇÃO DE SÃO PAULO SE ABRIGAR, DEPOIS DE PASSAR 7 ANOS, 11 MESES E 26 DIAS TOMANDO SOL, CHUVA E SERENO!
Em tempo: até o Vaticano mandou carta para o Presidente do Brasil, Lula, pedindo-lhe providências para que o JEGUE NÃO SEJA UM ANIMAL EM EXTINÇÃO!
Mas, quem desejar adquirir esse fantástico licro, para passar o ano rindo e se deliciando, solicitem ao Roberto de Sena, através do seu joserobeftodesena@hotmail.com. Voces adorarão!
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