quarta-feira, 10 de setembro de 2014

"O ATAQUE AO COFRE', DO LIVRO 1808, DO JORNALISTA ESCRITOR LAURENTINO GOMES, EDITORA PLANETA, QUE RETRATA O BRASIL IMPERIAL, EM VÁRIOS SENTIDOS, NESTE CASO, ESSE DÉCIMO QUINTO CAPÍTULO!



'1808: COMO UMA RAINHA LOUCA, UM PRÍNCIPE MEDROSO E UMA CORTE CORRUPTA ENGANARAM NAPOLEÃO E MUDARAM A HSTÓRIA DE PORTUGAL E DO BRASIL"!

"A corte chegou ao Brasil empobrecida, destituída e necessitada de tudo. Já estava falida quando deixara Lisboa, mas a situação se agravou ainda mais no Rio de Janeiro. Deve-se lembrar que entre 10.000 e 15.000 portugueses atravessaram o Atlântico junto com D. João. Para se ter uma ideia do que isso significava, basta se levar em conta que, ao mudar a sede do governo dos Estados Unidos da Filadélfia para o recém-construída Washington, em 1800, o presidente John Adams transferiu para a nova capital cerca de 1.000 funcionários. Ou seja, a corte portuguesa no Brasil era entre 10 e 15 vezes mais gorda do que a máquina burocrática americana nessa época. E todos dependiam do erário real ou esperavam do príncipe regente algum benefício em troca do 'sacrifício' da viagem. 'Um enxame de aventureiros, necessitados e sem princípios, acompanhou a família real', notou o historiador Jonh Armitage. 'Os novos hóspedes pouco se interessavam pela prosperidade do Brasil. consideravam temporária a sua ausência de Portugal e propunham-se mais a enriquecer-se à custa do Estado do que a administrar justiça ou a beneficiar o público'.

O historiador Luiz Felipe Alencastro conta que, além da família real, 276 fidalgos e dignatários
 régios recebiam verba anual de custeio e representação, paga em MOEDAS DE OURO E PRATA retiradas do tesouro real do Rio de Janeiro. Com base nos relatos do inglês Jonh Luccock, Alencastro acrescenta a esse número mais 2000 funcionários reais e indivíduos exercendo funções relacionadas à Coroa, setecentos padres, quinhentos advogados, duzentos praticantes de Medicina e entre 4.000 e 5.000 militares. Um dos padres recebia um salário fixo anual de 250.000 réis - o equivalente hoje a 14 mil reais - SÓ PARA CONFESSAR A RAINHA. 'Poucas  europeias têm tantas pessoas ligadas a ela quanto a brasileira , incluindo fidalgos, eclesiástico  e oficiais', escreveu o cônsul inglês James Henderson. Ao visitar as COCHEIRAS DA QUINTA DA BOA VISTA, onde D. João morava, Herderson se surpreendeu com o número de animais, e principalmente, de serviçais ali empregados. Eram trezentas mulas e cavalos, 'com o dobro do número de pessoas para cuidar deles do que seria necessário na Inglaterra".

Era uma corte cara, perdulária e voraz. Em 1820, ano anterior ao retorno a Portugal, consumia 513 galinhas, frangos, pombos e perus e 90 dúzias d eovos por dia. Eram quase 200.000 aves e 33.000 dúzias d eovos por ano, que custavam cerca de 900 contos de réis ou quase 50 milhões de reais em dinheiro atual. A demanda era tão grande que, por ordem do administrador da Ucharia real, a repartição respon´sável pelos depósitos de comida da corte, todas as galinhas à venda no Rio de Janeiro deveriam ser, prioritariamente, compradas por agentes do rei. A decisão provocou escassez dessas penosas no mercado e revolta nos moradores da cidade. Numa carta a D. João VI, eles reclamaram da falta de galinhas e também do comportamento DOS FUNCIONÁRIOS DA DESPENSA REAL, QUE PASSARAM A VEND~e-las no mercado paralelo, cobrando um sobrepreço.

Nos treze anos em que D. João viveu no Brasil, as despesas da MAL ADMINISTRADA E CORRUPTA UCHARIA REAL mais do que triplicou. O DEFICIT crescia sem parar. No último ano, 1821, o buraco no orçamento tinha aumentado mais de vinte vezes - de 109 contos de réis para 239 contos de réis. Apesar disso, a corte continuou a bancar todo mundo, sem se preocupar com a origem dos recursos. Todos, sem exceção, recebiam ração, de acordo com seu lugar e valimento, explica o historiador Jurandir Malerba. 'Nobres, mas também cada artista contratado, como os cantores e músicos italianos, ou pintores e arquitetos franceses e naturalistas austríacos, embaixadores e funcionários das repartições recebiam sua cota de viveres à custa da Ucharia Real, prática extinta apenas no governo do AUSTERO D. PEDRO I.

ONDE ACHAR DINHEIRO PARA SOCORRER TANTA GENTE? A primeira solução foi obter um empréstimo da Inglaterra, no valor de 600.000 libras esterlinas. Esse dinheiro, usado em 1809 para cobrir as despesas da viagem e os primeiros gastos da corte no Rio de Janeiro, seria um pedaço da dívida de 2 milhões de libras esterlinas que o Brasil herdaria de Portugal depois da Independência. Outra providência, igualmente insustentável ao longo prazo, foi criar um BANCO ESTATAL PARA EMITIR MOEDA. A breve e triste história do primeiro Banco do Brasil, criado pelo príncipe regente sete meses depois de chegar ao Rio de Janeiro, é um exemplo do compadrio que se estabeleceu entre a monarquia e uma casta de privilegiados negociantes, fazendeiros e traficantes de escravos a partir de 1808"

É uma parte desse fantástico livro 1808, do Laurentino Gomes, editora Planeta, onde todos nós brasileiros deveríamos ter um! Eu comprei um, e já presenteei uns quatro, apenas, fico triste de não ter o autógrafo desse extraordinário Laurentino Gomes, inclusive,  com um senso de humor fantástico! Por sinal, se eu fosse um Presidente da República ou outra autoridade eu exigiria que esse livro fosse lido por todos os jovens, a partir do segundo grau, pois, se as crianças o lerem, não tenho dúvidas, ficarão envergonhados da nossa história, mas, também, ficarão sabendo PORQUE TEMOS TANTOS CORRUPTORES E CORRUPTOS EM NOSSO PAÍS, EM TODAS AS ESFERAS DO PODER, ONDE, POR MAIS JUSTIÇA QUE TIVERMOS, POR MAIS PENITENCIÁRIAS QUE TIVERMOS, POR MAIS CADEIAS QUE TIVERMOS, INFELIZMENTE, ESSA BASE É VELHA, COM MUITA HERANÇA. Portanto, quando vejo uma pessoa, a grande maioria do povo brasileiro, honesta, eu me orgulho de ser brasileiro!

Mas, que me perdoem os portugueses, claro, excetuando-se os que vieram nessas três naus, carregadas de DEGREDADOS (ladrões de primeira linha, que saíram das penitenciárias, já condenados, para virem nessa aventura do Pedro Álvares Cabral, exigência do Rei D. Manuel, que, querendo ficar livre dessa raça, exigiu do Alferes que somente liberaria os recursos caso os levassem para bem longe, onde o Rei, com informações que essa aventura não terminaria, pois todos morreriam no mar, onde havia um 'estudo' de que o MUNDO ACABAVA QUANDO O CÉU ENCOSTAVA NO MAR, e, ai, vendo das praias de Lisboa o CÉU ENCOSTADO NO MAR, se pensava que , ao chegar aquele ponto, os navios se despencariam para o fundo mar, mas, infelizmente, para todos nós, era uma lenda, e essa raça veio para o Brasil, especialmente MINHA BAHIA E RIO DE JANEIRO, deixada pelo Pedro Álvares Cabral, decepcionado porque aqui não era a Índia, o seu objetivo, indo embora, poucos dias depois, largando essa 'nossa herança maldita'!

Portanto, companheiros, essa FÁBRICA DE CORRUÇÃO, ENTRE CORRUPTORES E CORRUPTOS, IRÁ CONTINUAR PARA SEMPRE, CLARO, EM DOSAGES MENORES, mas continuará, como aqui na Bahia falamos 'TÁ NO SANGUE'! "Mensalão do PSDB', até hoje parado, há mais de uma década; 'Mensalão do PT', já julgado, brevemente todos livres; 'Mensalão do PDS', até hoje, e um dos lideres poderá ser, pasmem, GOVERNADOR DE BRASILIA, com apoio de Gilmar Mendes, a pedido de FHC; o escândalo, o maior deles, do METRÔ DE SÃO PAULO, NOS 21 ANOS DO PSDB EM SÃO PAULO, mesmo denunciado por dois países, SUIÇA E ALEMANHA, desde 2006, abafado, somente agora andando como cágado! Agora, o da Petrobrás, onde o diretor, indicado pelo PMDB, com 25 milhões nas suas contas correntes, legais, somente agora foram descobertos, não por quem devia ser, A RECEITA FEDERAL, tão perversa com o brasileirinho, onde querem colocar a culpa em uma grande e extraordinária MULHER, DILMA, com um passado fantástico, heroica, e, o grande ESTADISTA LULA! O que querem fazer com os dois, culpando-os, é a mesma coisa o que aconteceu com a COCA-COLA AMERICANA, onde um lote de mil garrafas, nos EUA, foram encontrados ratos, baratas e outros bichos, mas, lá, ninguém colocou a culpa nem no diretor da fábrica, quanto mais contra o Presidente dessa mundial organização! Vejam o caso da maracutaia do avião que o Eduardo Campos circulava nos 'ares do Brasil', onde todos pensavam que era da campanha, na verdade, já quase provado pela polícia federal, comprado pelo caixa dois, ninguém sabe se foram pelos três usineiros amigos do E. Campos, ou, pelo próprio partido, onde mais de 30 pagamentos foram feitos por laranjas, e D. Marina, com aquela cara de 'SANTA ......P...', simplesmente nos diz que nada sabia, mesmo tendo viajado, por várias vezes nessa aeronave! Enquanto isto, mais de 30 famílias, em Santos, atingidas por esse acidente, estão sem saber a quem apelar! E alguém de vocês viram a Marina ou o Beto fazendo-lhes visitas e dando-lhes apoio? Se souberem, avisem-me! Mas, se esse avião tivesse caído sobre um jardim zoológico, matando e ferindo bichos, essa turma da MARINA JÁ ESTARIAM LÁ FAZENDO VELÓRIOS E MAIS VELÓRIOS AOS BICHOS E SEUS FAMILIARES! Ou alguém já viu Marina falando de gente , principalmente, pobre?

Agora, eu entendo porque 'TIRADENTES', mesmo com origem portuguesa, se revoltou tanto! Castro Alves, o poeta dos poetas, baiano; Ruy Barbosa, o grande jurista, deputado federal, a 'Águia de Haia', também, se revoltou, inclusive, como Ministro da Fazenda, cometeu o único ato de corrupção na sua vida, segundo o ex-governador e senador da Bahia, o historiador Luis Viana Filho, seu biógrafo, ao mandar destruir, secretamente, todos os processos dos ex-donos de escravos que pediam ressarcimento pela perda dos seus escravos, como se fossem suas mercadorias! E o mais grave, pedido que virou lei pelo CONGRESSO IMPERIAL CORRUPTO! Por isto, quase Ruy foi preso e condenado, mas, não pagou, um só dinheiro, para esses exploradores humanos! Mas, para concluir, COMO PODEMOS ESPERAR ALGUMA COISA DESSA ELITE IRRESPONSÁVEL DESTE PAÍS?

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