quinta-feira, 31 de outubro de 2013

TEMPOS BONS QUE NÃO VOLTARÃO MAIS!



Quem nunca comprou a feirinha da semana, ou, do dia-a-dia na Feira do seu Bairro! Quem nunca tomou uma pinga, uma cerveja, ou, chupou uma fruta , fresca, nessa Feira! Quem nunca comeu uma feijoada, um sarapatel, um mocotó (todas recomendadas por nutricionistas!) nas madrugadas dessas Feiras de Bairro! Quantas vezes eu e amigos saímos nas noites de Salvador, lá para o final delas, para comer uma feijoada, ou fatada, ou mocotó, ou, um churrasco na famosa Feira do Largo 2 de Julho, perto da Rua Carlos Gomes, um dos circuitos do Carnaval da Bahia! Quem nunca comeu uma feijoada do famoso "FEIJOADA DO BIÚ", perto dessa feirinha! Lá somente existia um problema: de vez em quando encontrávamos um cabelo, duro, da cozinheira, e o BIÚ, um negro, forte, de quase 2 metros de altura, dizia que o fio era nosso, mesmo mostrando os nossos cabelos lisos, e que aquilo era uma jogada para não pagar a conta, e nos perguntava: "POR QUE SOMENTE DEPOIS QUE COMEM PARA XUXÚ, CHEIOS DA CERVEJA, AGORA APARECEM COM ESSA MALANDRAGEM?" , e, não adiantava: pagávamos, mas, quando a farra passava, e a lembrança do cabelo dentro do feijão aparecia, ah, que vontade de vomitar! Prometemos nunca mais comer a feijoada do Biú, mas, um dia a da feira acabou, e, como não tínhamos outras opções, fomos comer a famosa feijoada do Biú, e, lá, um dos colegas, gaiato, perguntou-lhe: "BIÚ, SOBROU FEIJOADA?", e, ele, grosseiramente, disse-lhe: "CLARO, PODE FALTAR DINHEIRO NO SEU BOLSO, MAS, FEIJOADA AQUI NÃO"!, E, o companheiro, gozador, perguntou-lhe: "TUDO BEM, MAS NÃO QUEREMOS COM CABELO"! Ah, o pau comeu e fomos parar, correndo como ladrão, bem distante do Biú, onde nunca mais fomos lá!
 
Mas, por que falei nessa Feirinha, lembrando-me do Biú? Porque gostaria de um tema, talvez, um dos mais velhos do mundo, muito antes do nascimento de Jesus Cristo! O VAREJO! Por que essa prática de negócio, antiga, recebeu esse nome!
 
Em todos os lugares do mundo existem um local, o mais tradicional da cidade, o MERCADO MUNICIPAL, OU POPULAR, COMO O FANTÁSTICO DE SÃO PAULO, OU, O FANTÁSTICO MERCADO MODELO DE SALVADOR, onde se vende , compra e se come de tudo! Era o lugar mais sagrado de todos os lugares do mundo. Nesse mercado, como não havia, ainda, o dinheiro, se fazia negociação de mercadoria com mercadoria: eu tenho carne de boi e você tem carne de porco, podemos fazer a troca! E assim, com todas as mercadorias! Portanto, desde os primórdios de nossas vidas o Mercado faz parte dela!
 
Quando surgiu o sistema monetário as pessoas começaram a trocar dinheiro por mercadorias e vice-versa. Dai começaram a surgir as doenças da economia: inflação alta, horrível; inflação baixa, horrível; deflação (inflação negativa) horrível; déficit horrível; superávit horrível; dólar baixo horrível; dólar alto horrível; balança superavitária horrível; balança deficitária horrível; poupança baixa horrível; poupança alta horrível; produção industrial, comercial e de serviços baixa horrível; produção industrial, comercial e de serviços alta horrível; se exportam mais horrível; se importam menos horrível; se exportam menos horrível; se importam menos horrível; quebra de safra agrícola horrível; super-safra agrícola horrível; excesso de produção horrível; pouca produção horrível,  OU SEJA, A ECONOMIA NÃO É UMA CIÊNCIA, e, sim, um conjunto de variáveis de decisões de curto, médio e longo prazo, cujos resultados, jamais, serão 4 mais 4 são 8, e, sim, a 6, ou 7, ou 5, etc., etc. onde nada fica ideal, e cria-se um campo fértil para os especuladores, e, demais exploradores populares se aproveitarem dessa incerteza econômica, para ganharem , e muito, aproveitando as brechas dessas incertezas econômicas contra a maioria do povo , verdadeiras vítimas desses exploradores! Não existem condições para podermos afirmar que a economia está bem, pois, todas as suas variáveis são instáveis! E é ai que os ESPECULADORES, ESPECIALMENTE, APLICADORES DAS BOLSAS DE VALORES E BANQUEIROS SE LAVAM! Portanto, se Eu, Você e todos nós não estamos aplicando em bolsas de valores; não especulamos com o dólar ou outras moedas; vivendo com os nossos salários, com aquela máxima de que O TOTAL DA RECEITA RECEBIDA NÃO PODE SER ULTRAPASSADA PELO TOTAL DAS DESPESAS REALIZADAS, ou seja, numa salutar gestão financeira pessoal, jamais, jamais o total das despesas pessoais, com poupança para momentos difíceis, não pode chegar a 80% das receitas; o restante, 20% para lazer, investimento, etc..
 
Mas, por que o VAREJISTA? Por que foram os primeiros compradores e vendedores do mundo, desde a idade da pedra! Até meados do século XX, uma das ferramentas mais importantes do VAREJISTA era uma espécie de funil, com ponta, onde ele o espetava nas sacas de feijão, farinha, arroz, café  onde somente davam a palavra final da compra ou venda quando aparecia, em suas mãos, um pouco desses produtos! Segundo a história, além de verificarem a QUALIDADE E QUANTIDADE, também, já praticavam  a corrupção, já naquela época, era terrível: os produtores de feijão, por exemplo, colocavam no meio da saca alguns quilos de terra; pedra, etc. para venderem como feijão; também, com arroz, também com a farinha; o café torrado era misturado com milho torrado para diminuir o seu custo,  e outros produtos! O bom varejista furava a saca em cada lado e nas suas extremidades! Portanto, quem pensa que corruptores e corruptos são dos nossos tempos, enganam-se, a corja é velha! E, quando pegavam em falhas, dois caminhos: DUELO EM PRAÇA PÚBLICA , e, mais tarde, a presença do Xerife, que tinha uma VARA, flexível, onde o corruptor e o corrupto eram surrados, e, ambos, eram marcados em suas VARAS! Quando essas varas se completavam, o jeito era leva-los presos para julgamentos superiores! A diferença daquela época para agora é que os CORRUPTOS SÃO JULGADOS, E, ATÉ PRESOS, MAS OS CORRUPTORES, PAIS DE TODAS AS CORRUPÇÕES, soltos para continuarem no crime!

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